Um engenheiro contratado pelo Flamengo para fazer um laudo pericial independente no local do incêndio do Ninho do Urubu denuncia o clube por adulterar a cena do crime.
Em fevereiro de 2019, 10 meninos da base do Clube morreram, após o incêndio em um conjunto de conteiners-dormitórios, no Centro Técnico do Flamengo. Em 2022, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve ação penal contra o ex-diretor do Flamengo, Antonio Marcio Garotti, denunciado pela negligência que causou o incêndio.
Em entrevista exclusiva ao site de notícias UOL, o engenheiro elétrico e sócio da Anexa Energia José Augusto Bezerra acusa o CEO do Flamengo, Reinalto Belloti, de mandar um funcionário arrancar partes de uma instalação elétrica problemática, enquanto ocorria a apuração das causas do fogo.
De acordo com o UOL, o laudo de José Bezerra apontou a instalação elétrica do alojamento como uma das causas do incêndio. O Superior Tribunal de Justiça disse que, entre as causas do incêndio, estavam a falta de manutenção no ar, a ausência de saída de emergência e o uso inadequado dos contêiners como dormitórios.
Em resposta à acusação, o Flamengo disse que está processando o engenheiro porque a alegação é caluniosa e feita sem provas. O Clube disse que a declaração é uma resposta de José Bezerra, que teve o contrato rescindido e os serviços dispensados, à época. O Flamengo disse que ele teria desafeto ao Clube e que fez o pagamento que deveria mesmo não tendo capacidade técnica para o serviço.
O Clube ainda alegou que o local foi fotografado e lacrado pelas autoridades policiais e que não há prova dessa denúncia.
Procurada para comentar sobre o assunto, a Polícia Civil ainda não se posicionou.