Especialistas afirmam que os fenômenos climáticos extremos como El Niños vão ficar cada vez mais frequentes e imprevisíveis na América do Sul. As declarações foram dadas durante um evento na sede da Academia Brasileira de Ciências no Rio de Janeiro.
O encontro debateu os impactos observados e esperados no Brasil em função dos desastres causados pelo fenômeno. Segundo a oceanógrafa Regina Rodrigues o cenário é agravado pelas mudanças climáticas.
Para a diretora substituta do o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais Regina Alvalá, nenhum El Niño é igual ao anterior e que a entidade está atuando de maneira preventiva junto aos órgãos do governo.
O El Niño é um fenômeno que ocorre irregularmente, em média a cada 3 ou 4 anos, e acontece quando os ventos que sopram de leste para oeste na parte equatorial do Oceano Pacífico enfraquecem, com isso, as águas quentes sub superficiais que normalmente ficam concentradas na costa asiática sobem à superfície na costa da América do Sul.
O Brasil é um dos países mais afetados pelas alterações causadas pelo fenômeno. Entre as principais consequências está o aumento de chuvas torrenciais no Sul e secas intensas no Norte e Nordeste. A tragédia causada pelas inundações no Rio Grande do Sul em setembro está relacionada ao fenômeno.
Outra região que vem sendo afetada é Amazônia com o registro de uma seca histórica. O nível do Rio Negro nunca esteve tão baixo, e a tendência segundo e os especialistas é de piora para os próximos meses.