Estação da Leopoldina: degradação e abandono marcam o local atualmente

Diante do abandono do poder público com a estação, especialistas ressaltam a importância do espaço como conexão de modais na cidade

Carlos Briggs

Estação da Leopoldina atualmente, no Centro da Cidade Reprodução
Estação da Leopoldina atualmente, no Centro da Cidade
Reprodução

Enquanto os trens e bondes vão se degradando diante do abandono do poder público com a Estação da Leopoldina, especialistas ressaltam a importância do espaço como conexão de modais na cidade.

Uma relevância que ganha ainda mais destaque, diante da precariedade dos trens, refletindo em atrasos nas viagens e aglomerações nas plataformas, diariamente.

A BandNews FM teve acesso ao interior do histórico edifício, na região central do Rio. No local é possível ver as carcaças do que já foram os vagões da Cruzeiro do Sul, que operou entre Rio X São Paulo nos anos 1930 e 1940, viação inaugurada pelo então presidente Getúlio Vargas. Ele chegou a viajar na composição.

Os bondinhos de Santa Teresa, retirados de circulação, e até os bondinhos do Morro do Corcovado, construídos entre entre 1910 e 1970, também seguem apodrecendo na Estação da Leopoldina. Da mesma forma, o prédio também apresenta problemas de manutenção. Há infiltrações no teto, que comprometem a instalação elétrica e queda de rebocos, além da falta de pintura e danificação do piso.

O professor de Engenharia e Transportes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rocha Vaz, destaca a localização estratégica da Estação da Leopoldina.

No início do mês, a SuperVia, concessionária que opera os serviços de trem no Rio, firmou acordo com o Ministério Público Federal para reformar parte da estação da Leopoldina. Estão previstas a recuperação dos pisos e revestimentos das plataformas, além da impermeabilização dos pisos, pilares e laje de cobertura, instalação de nova rede de iluminação na área de embarque e nas plataformas e ainda de águas pluviais com novo sistema de tratamento. O projeto foi encaminhado ao Iphan. O Instituto informou que analisa o pedido como prioridade.

A Secretaria de Estado de Transportes informou que o prédio da estação Leopoldina é um bem de propriedade da União e do Estado, sob a administração da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística. O comunicado ainda acrescenta que a Central Logística solicitou um levantamento do patrimônio para identificar a situação de todos os equipamentos da empresa.

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