O ano de 2022 já é o mais letal para as mulheres desde 2016 no estado do Rio, quando começaram a ser computados os indicadores de feminicídio. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública, de janeiro até dezembro desse ano, foram registrados 97 casos. O número já ultrapassou o computado em todo o ano passado, quando foram registrados 85 assassinatos de mulheres por motivação de gênero.
A Polícia Civil investiga dois casos de possíveis feminicídios registrados na semana passada. Na última quinta-feira (22), Viviane Farias, de 19 anos, foi encontrada morta dentro de um saco plástico com sinais de espancamento, na Estrada do Guandu, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. O corpo dela foi sepultado neste domingo (25), no Cemitério do Murundu, em Realengo, na mesma região.
Já na sexta-feira passada (23), um homem foi preso em flagrante por atropelar e matar a própria esposa, em Madureira, na Zona Norte, após uma discussão por ciúmes. De acordo com a Polícia Civil, Carlos Gomes da Silva Neto, de 44 anos, vai responder por feminicídio.
Segundo as investigações, a discussão começou depois que ele soube que a mulher estava em um bar. Após uma discussão, os dois entraram no carro e voltaram para casa. No trajeto, Edinalva Bonifácio Francisco, de 43 anos, foi agredida. A mulher tentou fugir e saiu do carro, mas foi atropelada pelo marido.
Imagens de câmeras de segurança do local flagraram o momento do atropelamento.
Ainda de acordo com o ISP, fevereiro desse ano foi também o mês com mais feminicídios no estado do Rio desde 2016, com 18 casos registrados.