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Família de estelionatários é alvo de operação da Delegacia de Icaraí

Sete pessoas suspeitas de aplicarem golpes alegando serem representantes da Bienal do Livro estão foragidos

Por Clara Nery

Delegacia de Icaraí
Delegacia de Icaraí
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 A família de estelionatários que se passaram por representantes da Bienal do Livro é considerada foragida. Sete pessoas suspeitas de aplicarem golpes através da falsa assinatura de revistas foram alvo de uma operação da Delegacia de Icaraí, Niterói, nesta terça-feira (16). Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Duas pessoas foram presas: Reginaldo Vieira Rocha, apontado como motorista da quadrilha, e Pablo Barboza da Silva, suspeito de receber os valores do golpe.

A investigação aponta que o grupo costumava agir abordando pedestres e oferecendo assinatura de revistas por um valor muito pequeno, parcelado em várias vezes e ainda "presenteando" as vítimas com algum brinde.

No entanto, no momento do pagamento, os golpistas inseriam nas máquinas de cartão de crédito valores maiores do que o combinado.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha já fez pelo menos 43 vítimas, e o prejuízo pode passar de 200 mil reais.

Uma das vítimas foi abordada por duas mulheres no Centro da cidade de São Gonçalo. Ela recebeu a oferta, mediante o pagamento de 10 prestações mensais de seis reais e noventa centavos, ainda com direito a brinde, que foi entregue no ato. No entanto, ela acabou perdendo 2 mil reais.

O grupo era tão organizado, que as supostas vendedoras encontravam-se em um grupo maior, uniformizado e com base de apoio.

A família de estelionatários não tinha nenhuma ligação com a Bienal. A investigação aponta que o chefe do bando é Diogo Lázaro Correa Bomfim, que abriu a empresa DG Empreendimentos para dar a aparência de legalidade às ações. A companheira dele, Michele Aparecida Silvério, era dona de uma outra empresa, que, segundo as investigações, lastreava a DG Empreendimentos. Os dois estão foragidos, assim como a irmã de Diogo, Bárbara Gabriele Machado Velho, que também participava do esquema. A filha de Michele, Larissa Maia da Silva, também estava envolvida, de acordo com a polícia, mas, contra ela não há mandado de prisão.

Os investigados vão responder por estelionato e associação criminosa.

Em nota a Bienal International do Livro do Rio de Janeiro repudiou o uso de sua marca por criminosos e disse que espera que os responsáveis sejam punidos. A Organização ainda esclarece que a Bienal do Livro Rio não comercializa assinaturas de livros ou revistas e tampouco conta com representantes comerciais para oferecer produtos ou serviços à população. 

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