Um mês depois de um caminhão de lixo invadir a piscina de uma casa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, as famílias afetadas denunciam que a empresa responsável pelo veículo ainda não prestou auxílio financeiro.
O motorista do caminhão, Haryel Miguel, de 25 anos, morreu no acidente. O pai dele, Deazir Cosme, critica o valor irrisório do seguro de vida oferecido pela Limppar, empresa terceirizada contratada pela Prefeitura que faz a coleta de lixo na cidade.
Os dois trabalhavam juntos na Limppar. A colisão ocorreu no dia 12 de junho. Dezair conseguiu salvar a vida de várias pessoas, mas viu o filho morrer no acidente.
Técnico em segurança do trabalho, ele diz que o caminhão estava sem freio e que outros veículos também rodam em péssimo estado de conservação.
O veículo destruiu um salão de festas, onde também mora uma família. Mesmo depois de quase um mês, o cheiro de diesel ainda é forte, o que tem prejudicado a saúde de quem vive no local.
O caminhão foi retirado quatro dias após o acidente, mas o lugar, que era recém-inaugurado, continua destruído. O aposentado Fabiano Cândido reclama que está sem qualquer tipo de auxílio da empresa. Ele aceitou receber metade do valor previsto para reformar toda a área. Mesmo assim, ainda não tem previsão para o depósito do dinheiro.
Em nota, a Prefeitura de Belford Roxo informa que os custos e reparos do acidente são responsabilidade da empresa, que ainda não respondeu sobre o assunto.