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Grupo Rão é alvo de processos judiciais

Acusado de praticar ações arbitrárias que têm levado lojistas à falência

Por Carlos Briggs

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Em nota, o Grupo Rão informou que já está tomando as providências necessárias
Divulgação/Redes sociais

Cerca de 20 pessoas, entre franqueados e ex-franqueados, denunciam uma das maiores holdings de franquias de alimentos de praticar ações arbitrárias que têm levado lojistas à falência.

O Grupo Rão, que possui 200 unidades distribuídas em nove estados e dois países, é alvo de processos judiciais dos colaboradores e de empreendedores que se disseram forçados a abandonar o negócio. Eles afirmam que tiveram um prejuízo de ceca de R$ 10 milhões.  

Entre as principais reclamações estão a exigência em comprar com fornecedores homologados pelo grupo e que praticariam valores muito acima do mercado. Os lojistas também afirmam que a direção da marca Rão acessa, sem autorização do franqueado, a conta do estabelecimento na plataforma de vendas Ifood, para alterar cardápios e disponibilizar cupons de desconto.

Com isso, segundo a denúncia, há aumento dos valores pagos de royalties, o que estaria levando os comerciantes a uma asfixia financeira.  

Diante das dificuldades de caixa, o Grupo Rão retoma o negócio, comprando de volta a unidade, por um preço abaixo do valor de mercado, para revenda.

Uma fornecedora, que teve a identidade preservada e a voz distorcida, confirmou que ela e outros comerciantes são orientados a vender mercadorias por um valor acima do mercado.

Segundo ela, a medida ocorre para também garantir lucratividade ao Grupo Rão na negociação.

Além de problemas com os franqueados, o Grupo Rão também é alvo de descontentamento do jornalista Rica Perrone. Ele afirma que a direção da marca vendeu 20 por cento de uma propriedade dele, mas, sem qualquer autorização para isso.

Em nota, o Grupo Rão informou que já está tomando as providências necessárias a fim de encontrar, em conjunto, a melhor solução possível.

O comunicado acrescentou ainda que, em 11 anos de atuação no mercado, sempre trabalhou priorizando o compromisso e o respeito com os franqueados e que recentemente recebeu o Selo de Excelência da Associação Brasileira de Franchising, que é dada pelos próprios franqueados. A ABF informou que não é um órgão fiscalizador ou regulador do mercado e não interfere na gestão dos associados, mas que orienta a resolução de todo conflito de forma negociável e amigável entre as partes.

Sobre a denúncia do jornalista Rica Perrone, o Grupo Rão informou que a sociedade com ele foi realizada devido a admiração pelo jornalista carioca e que a holding está sempre à disposição em busca das melhores resolutivas.

Já o iFood confirmou que a administração da marca pode investir em promoções e seguir a própria estratégia de distribuição entre os franqueados, conforme contrato firmado entre a matriz e o franqueado. 

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