O aumento no preço dos produtos farmacêuticos e dos alimentos foi o que mais impactou o resultado da inflação no Brasil no mês de abril. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IBGE, nesta sexta-feira (10), ficou em 0,38%, acima dos 0,16% registrados em março.
A alta foi puxada principalmente pelo grupo relacionado às despesas com saúde e cuidados pessoais, que teve aumento de 1,16%. Segundo o IBGE, os produtos farmacêuticos ficaram 2,84% mais caros, como consequência do reajuste de até 4,5% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
O estudante Lucas Benzi usa analgésicos e anti-inflamatórios com frequência e notou o aumento dos valores nas farmácias.
Os alimentos e bebidas tiveram alta de 0,7%. O preço do mamão subiu quase 23%. Já a cebola teve alta de 15,6% e o tomate, de 14%. Os pesquisadores apontam que o aumento foi provocado pela menor oferta desses produtos em abril, devido a fenômenos climáticos que afetaram a produção no fim do ano passado e no início deste ano.
Para economizar, a aposentada Ana Paula de Souza aposta nas promoções e nos alimentos da estação.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que a aceleração da inflação já era esperada, justamente por causa do reajuste anual dos medicamentos.
Dos nove grupos pesquisados, apenas dois tiveram queda nos preços: habitação, com redução de 0,01%, e artigos de residência, com queda de 0,26%, puxada pelo preço dos computadores e televisores.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 3,69%.
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