A Justiça do Rio aceita a denúncia do Ministério Público contra o policial penal Marcelo de Lima, que atirou, no início do mês, contra dois torcedores do Fluminense, que eram cinegrafistas.
Um deles morreu na hora. O MP concluiu que o crime ocorreu após uma discussão política. Assim, Lima vira réu na Justiça por homicídio triplamente qualificado.
De acordo com as investigações, o policial penal atirou contra Thiago da Motta e Bruno Tonini, em frente a uma pizzaria a poucos metros do Maracanã, na Zona Norte do Rio. Thiago, de 40 anos, morreu na hora, após ser atingido por três tiros.
Segundo a denúncia oferecida pelo MP, os crimes foram praticados por motivo torpe, porque o atirador ficou inconformado com as posições políticas expressadas pelas vítimas.
O documento também diz que o réu causou uma situação de perigo comum, já que atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando no local.
Para o órgão, os crimes também foram praticados de forma que dificultou a defesa das vítimas, que foram pegas desprevenidas pela "ação inesperada" do denunciado.
Antes de ir para o bar, as vítimas e o réu estavam no Maracanã acompanhando a primeira partida da final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense.