A Justiça Federal mantém a condenação dos contraventores Aniz Abrahão David, o Anísio, patrono da Beija-flor, e Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, ligado à Vila Isabel, além de mais 21 réus. Eles foram alvo da Operação Furacão, deflagrada pela Polícia Federal em 2007. Cinco anos depois, Anísio e Capitão Guimarães foram condenados a 47 anos de prisão.
Apenas pelo crime de corrupção ativa, a dupla deve cumprir pena de nove anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, além de pagar multa.
Segundo as investigações, os réus fazem parte da cúpula da exploração ilegal de bingos e máquinas caça-níqueis no Rio de Janeiro, além de integrar um esquema de corrupção de agentes públicos.
Durante o voto, a desembargadora Simone Schreiber disse que a exploração do jogo do bicho configura contravenção penal e crimes de contrabando e contra a economia popular.
A defesa dos acusados alegou que as condenações teriam sido embasadas somente em diálogos captados por interceptação telefônica e que a exploração de bingos no Brasil era legalmente permitida durante a deflagração da operação da Polícia Federal.
Segundo as investigações, na organização criminosa havia a cúpula do esquema, empresários que alugavam as máquinas de jogos, os responsáveis por pagar propinas a agentes públicos e os próprios policiais civis, militares e federais.
Nos três processos da Operação Furacão julgados na Justiça Federal, 48 pessoas responderam por acusações abrangendo contrabando, corrupção passiva e ativa, concussão e quadrilha.
A BandNews FM tenta contato com a defesa dos acusados.