Mãe e filho são presos acusados de integrarem escritório de golpe do consignado

uan Gabriel Carvalho dos Reis tem 50 registros de ocorrência por estelionato, enquanto a mãe dele, Cristiane Carvalho Muniz, 63 anotações criminais por estelionato, mas também associação criminosa e injúria

Por Mariana Albuquerque

Mãe e filho que foram presos suspeitos de chefiar escritório do golpe do falso empréstimo consignado em Niterói, Região Metropolitana do Rio, têm extenso histórico criminal, com 113 passagens. Luan Gabriel Carvalho dos Reis tem 50 registros de ocorrência por estelionato, enquanto a mãe dele, Cristiane Carvalho Muniz, 63 anotações criminais por estelionato, mas também associação criminosa e injúria.  

Eles vão passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (31), para ser decidido se continuam presos ou se vão ser soltos e cumprir medidas cautelares.

De acordo com as investigações, Cristiane era a líder da organização , enquanto Luan recebia ordens da mãe e do pai, identificado como Angelo, que trabalhava no setor financeiro e era responsável pelo repasse dos valores. Ele está foragido.

O principal foco da quadrilha eram idosos aposentados com margem de crédito consignado junto ao INSS. A narrativa para fazer os idosos acreditarem era a de que eles tinham valores atrasados a receber, com um pagamento indevido que estaria sendo descontado na aposentadoria.  

Os autores também alegavam que só com a ação judicial as vítimas teriam como receber os valores, mas falsamente alegavam que eles teriam acesso a esses valores e poderiam fazer a antecipação de 10% sobre o montante devido pelo INSS, mas para isso teriam que fazer um contrato de investimento, sendo a vítima levada a contrair um empréstimo, na modalidade consignado ou pessoal, e investir o valor adquirido na empresa através de um suposto "contrato de investimento/cessão de crédito".  

Em outra modalidade, os golpistas ofereciam a portabilidade de empréstimo, com a falsa promessa de redução de juros, em que na verdade as vítimas ficavam com o empréstimo antigo e eram obrigadas a contrair outro empréstimo, com a promessa de portabilidade, que não acontecia, uma vez que o crédito era fraudulentamente transferido para a empresa e/ou contas bancárias de "laranjas", que por vezes eram até mesmo familiares dos autores objeto da investigação. Como exemplo da gravidade do fato, apenas uma das muitas vítimas teve um prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 40.000,00.

Pelas redes sociais, mãe e filho exibiam fotos de uma vida de luxo: viagens, passeios, festas e roupas arrumadas. A Polícia, agora, realiza mais diligências e continua as investigações para localizar outros possíveis integrantes da quadrilha. 

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