Mães denunciam agressões em saída de escolas da Zona Oeste do Rio

Segundo relatos, alunos foram violentamente agredidos por grupos de jovens, sem nenhum motivo aparente. Há, também, denúncias sobre agressões em praças públicas.

Por Mariana Albuquerque

Alunos sofreram agressões sem motivo aparente Reprodução
Alunos sofreram agressões sem motivo aparente
Reprodução

Mães de pelo menos cinco estudantes de escolas públicas de Cosmos, Campo Grande e Inhoaíba, na Zona Oeste, denunciam que os filhos foram violentamente agredidos por grupos de jovens, sem nenhum motivo aparente. Duas dessas mães procuraram a Polícia Civil para registrar a ocorrência.

Na internet, o grupo de agressores se autodenomina “Tropa do Guerra” ou “Família Guerra”. São meninos e meninas, muitos inclusive lutadores, que esperam os alunos saírem das escolas para espancar as vítimas. Um dos estudantes chegou a ser atingido com um soco inglês e teve o rosto desfigurado.

Preocupados, os responsáveis pelos jovens agredidos procuraram a BandNews FM para denunciar o crescimento das brigas. Pelo menos dois jovens deixaram de frequentar a escola por medo.

Uma mãe que teve a identidade preservada e a voz distorcida contou que a filha foi agredida, quando estava tomando açaí com a namorada, em uma praça da Rua São Jorge, em Campo Grande, por um grupo de cinco meninos.

Outra mãe teve o filho agredido pelo menos três vezes, na Rua General Cordolino de Azevedo, em Campo Grande. Ele trocou de escola uma vez, mas as agressões na rua continuaram. Em uma das ocasiões, foi buscar a irmã na saída do colégio e interferiu quando presenciou a agressão a um colega. Por causa disso, ele foi ameaçado de morte. A mulher, que também teve a identidade preservada, conta que, por isso, o filho não vai mais à escola.

O grupo também atua em Inhoaíba. Uma mulher, que também pediu para manter o anonimato conta que também tirou o jovem da escola e o proibiu de ir a alguns lugares, com receio das agressões.

O delegado Vilson de Almeida, da Delegacia de Campo Grande, disse que a polícia identificar os agressores e verifica se todos pertencem a um mesmo grupo. A Polícia Civil acrescentou que estão sendo realizadas diligências para esclarecer os fatos.

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