Média de motoristas parados na Lei Seca apresenta aumento em relação à 2019

Na Região Metropolitana, a cada 100 motoristas abordados, em média quatro estavam alcoolizados em 2019; neste ano, o número é de 12 motoristas

Por João Boueri

Até agosto deste ano, foram 2.120 operações da Lei Seca no Rio Fernando Frazão/Agência Brasil
Até agosto deste ano, foram 2.120 operações da Lei Seca no Rio
Fernando Frazão/Agência Brasil

A média de motoristas alcoolizados que foram parados em operações da Lei Seca no Estado do Rio apresenta aumento considerável em relação à 2019 e tendência de manutenção na comparação com o ano passado.

Na Região Metropolitana, por exemplo, a cada 100 motoristas abordados, em média quatro estavam alcoolizados em 2019; 13 em 2021; e 12 neste ano. No Médio Paraíba, que abrange Barra do Piraí, Barra Mansa, Volta Redonda e outros municípios, o porcentual é ainda maior: 26% no primeiro semestre deste ano, a mesma marca do ano passado, contra 9% em 2019. O Médio Paraíba é a região que apresentou maior porcentual de aumento entre 2019 e 2022, com 296%.

Rio das Ostras, na Baixada Litorânea, é o município com mais incidência de casos em 2022, com mais de 37 motoristas alcoolizados a cada 100 abordagens.

O pico na taxa de alcoolemia registrada em uma operação da Lei Seca neste ano foi em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, quando a cada 100 motoristas abordados, em média mais de 60 estavam alcoolizados.

Neste ano, até o mês passado, foram 2.120 operações da Lei Seca com mais de 210 mil motoristas abordados.

A última medida adotada pela Operação Lei Seca para diminuir o índice de motoristas embriagados foi adotar agentes sem pontos fixos, chamados de "pega-fujão". Segundo a Secretaria Estadual de Governo, quatro duplas de policiais em motocicletas trabalham nas principais rotas alternativas dos locais onde são montadas as operações, para surpreender os motoristas que tentam driblar a fiscalização.

Para o tenente-coronel Fábio Pinho, superintendente da Operação Lei Seca, houve aumento de consumo de bebida alcoólica na pandemia.

''Adotamos estratégias para dificultar a fuga das operações e estamos implantando outras táticas para reduzir o uso abuso de álcool entre os motoristas. E estamos ampliando nossas ações educativas para conscientizar os condutores. A pandemia deixou um legado de aumento no consumo de bebida e os números refletem esta tendência também no trânsito.'', disse o superintendente.

*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes

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