Narcomilicianos que exploram a construção imobiliária na cidade do Rio tiveram um prejuízo de quase R$ 650 milhões com as 1300 demolições realizadas pela força-tarefa da Prefeitura com o Ministério Público em um ano.
Nesta terça-feira (09), houve mais uma demolição: um prédio, ainda em construção, com 46 apartamentos de 80 metros quadrados, distribuídos em seis andares. Técnicos da Prefeitura tiveram que fazer boa parte do trabalho a mão, devido à proximidade com outros edifícios.
O prédio, avaliado entre R$ 10 e 14 milhões, fica no Condomínio Figueiras, na Muzema, na Zona Oeste. O local é exatamente onde, em 2019, dois prédios desabaram, deixando 24 pessoas mortas. A região é dominada por milicianos.
Segundo o promotor Bruno Gangoni, criminosos seguem comandando o grupo paramilitar mesmo de dentro da prisão.
Mais de 70% das demolições ocorreram na Zona Oeste.
Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Breno Carnevale, o Rio vai usar imagens de satélite somadas à inteligência para combater o crime.
Segundo o Ministério Público, hoje o imóvel é demolido logo que está constatada uma irregularidade. A partir daí, um relatório é produzido para que haja a investigação criminal.