Milicianos que exploram a construção imobiliária tem prejuízo de R$ 650 milhões

Força-tarefa da Prefeitura com o Ministério Público que combate o crime demoliu 1300 imóveis em um ano

Marcus Sadok

Força-tarefa realizou 1300 demolições em um ano Reprodução/Prefeitura e MP
Força-tarefa realizou 1300 demolições em um ano
Reprodução/Prefeitura e MP

Narcomilicianos que exploram a construção imobiliária na cidade do Rio tiveram um prejuízo de quase R$ 650 milhões com as 1300 demolições realizadas pela força-tarefa da Prefeitura com o Ministério Público em um ano.

Nesta terça-feira (09), houve mais uma demolição: um prédio, ainda em construção, com 46 apartamentos de 80 metros quadrados, distribuídos em seis andares. Técnicos da Prefeitura tiveram que fazer boa parte do trabalho a mão, devido à proximidade com outros edifícios.

O prédio, avaliado entre R$ 10 e 14 milhões, fica no Condomínio Figueiras, na Muzema, na Zona Oeste. O local é exatamente onde, em 2019, dois prédios desabaram, deixando 24 pessoas mortas. A região é dominada por milicianos.

Segundo o promotor Bruno Gangoni, criminosos seguem comandando o grupo paramilitar mesmo de dentro da prisão.

Mais de 70% das demolições ocorreram na Zona Oeste.

Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Breno Carnevale, o Rio vai usar imagens de satélite somadas à inteligência para combater o crime.

Segundo o Ministério Público, hoje o imóvel é demolido logo que está constatada uma irregularidade. A partir daí, um relatório é produzido para que haja a investigação criminal.

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