O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirma que a Justiça Eleitoral vai continuar defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico nas redes sociais.
A declaração foi dada nesta sexta-feira (19), durante a cerimônia de fechamento da parceria entre o TSE e a Prefeitura do Rio para a instalação do Museu da Democracia (da Justiça Eleitoral) na cidade.
A afirmação ocorreu após a onda de críticas de Elon Musk, dono do X, ex-Twitter, contra o ministro desde o início de abril. O empresário sul-africano é alvo de um inquérito no STF que investiga a existência de milícias digitais e a disseminação de informações falsas contra o sistema democrático no Brasil.
Elon Musk chegou a classificar como censura decisões do Tribunal para o bloqueio de conteúdos de políticos brasileiros e disse que iria descumprir as determinações judiciais.
Durante o evento nesta sexta, Alexandre de Moraes disse que a Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a lutar contra o que chamou de "mercantilistas estrangeiros que tratam o país como colônia".
A Justiça Eleitoral não se abala. a Justiça Eleitoral continuará defendendo a vontade do eleitor contra manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro. O poder judicial, a justiça eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia.
Na cerimônia sobre o Museu da Democracia, o ministro afirmou que o objetivo da instalação do espaço é demonstrar para os brasileiros luta que a Justiça Federal trava para a manutenção do direito democrático no país.
“Que a justiça eleitoral brasileira e o poder judiciário brasileiro está acostumada a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento do Brasil. É isso que o Museu da Democracia vai demonstrar.”
O Museu da Democracia da Justiça Eleitoral vai funcionar no atual prédio do Centro Cultural do Tribunal Superior Eleitoral, localizado no Centro do Rio de Janeiro. A concepção do espaço vai ser feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A primeira peça a compor a coleção é uma obra de Vik Muniz sobre o ataque ao Congresso em 8 de janeiro de 2023. A previsão é de que o espaço deva entrar em funcionamento em até um ano e meio.