Três dos quatro lagos do Campo de Santana, no Centro do Rio, estão completamente secos. O parque, também conhecido como Praça da República, é o lar de diversas espécies de animais. Diversos animais como gatos, cutias, gansos e um pavão vivem no local e compartilham apenas um lago.

O espaço arborizado também serve para cortar caminho no Centro da cidade. No maior dos lagos, que está vazio, existe até uma ponte que deveria passar por cima da água, mas que agora pessoas em condições de rua vivem sob a estrutura.

Quem passa pelo local diariamente já nem se lembra mais quando viram o lago cheio. Eles ainda reclamam da falta de segurança no parque.
 

Todo dia eu passo por aqui. Faz um bom tempo. Tinha pato, ganso, agora não tem mais nenhum. Há muito tempo que está abandonado isso aqui. Um lugar bonito no Centro da cidade. A gente passa por aqui porque é caminho pro trabalho, pra pegar condução. Segurança aqui é complicado, hora tem, hora não tem

Em cerca de três horas no local, apenas dois agentes do programa Centro Presente passaram de bicicleta uma única vez.

O vendedor Luiz Cláudio frequenta o Campo de Santana há mais tempo. Ele lamenta o abandono do parque.
 

Na pandemia ficou fechado o Campo. Você tinha que passar por fora. Quando terminou aí voltaram a abrir o campo, mas já não tinha mais água, tava seco. Pato, peixe, era uma maravilha isso aqui. Eu não sei porque esse abandono, um descaso

Em nota, a Fundação Parques e Jardins diz que assinou um termo de cooperação com o Tribunal de Contas do Estado de R$ 15 milhões para revitalização do Campo de Santana. No entanto, ainda não há uma previsão para início das obras, já que os termos do acordo com o TCE ainda estão em tratativas.

Enquanto isso, foram necessárias a adoção de medidas emergenciais, como o esvaziamento dos três lagos, que estavam com vazamento.

O Campo de Santana possui uma importância na história do Brasil. Lá ocorreram eventos como a aclamação de Dom Pedro I, a Proclamação da República e a Revolta da Vacina.