Paradas há nove anos, as obras da Estação Gávea da Linha 4 do Metrô do Rio, na Zona Sul, podem estar próximas de serem retomadas definitivamente.
O chamado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que formaliza um acordo entre o Ministério Público do Rio (MPRJ), o Tribunal de Contas do Estado e as concessionárias, deve ser assinado até o dia 1º de maio. A estimativa é da Secretaria Estadual de Transportes.
Em uma reunião com representantes da Associação de Moradores da Gávea (Ama-Gávea), o chefe de gabinete do secretário Washington Reis, Rogério Sacchi, estimou que a secretaria pode até antecipar o prazo.
Um pré-acordo selado pelo Governo do Rio, o Metrô Rio e a concessionária Rio Barra para terminar as obras da estação foi assinado em novembro passado.
O investimento do Metrô para finalização das intervenções é estimado em R$ 600 milhões, em troca da prorrogação da concessão até 2048. No entanto, a BandNews FM apurou que o valor pode chegar a R$ 750 milhões. A gordura em relação ao orçamento inicial deve ser custeada pelo governo.
Por meio de nota, o Ministério Público do Rio confirmou a elaboração do tratado, sem dar maiores detalhes.
O projeto foi interrompido, em junho de 2015, depois de dois grandes buracos com 50m de profundidade já terem sido escavados. Para a obstrução dos túneis, foi utilizado um aparelho importado da Alemanha conhecido como "tatuzão". O equipamento está parado em uma das áreas subterrâneas.
Segundo apurou a BandNews FM, por ora, o equipamento não deve ser mais utilizado. Ainda falta escavar um trecho que irá interligar a nova estação à Estação Antero de Quental, no Leblon.
Embora as tratativas caminhem, como mostrou a BandNews FM, alguns impasses ainda envolvem a Rio Barra S.A e a Companhia de Transportes sobre Trilhos do Rio (Rio Trilhos). Em fevereiro, a concessionária cobrou da Rio Trilhos um "projeto básico" para as intervenções.
Nesta segunda-feira (18), ocorreu uma reunião entre o secretário de Transportes e o promotor Décio Alonso, responsável pela tramitação do TAC no MP. Desse encontro saíram mais pontos que envolvem a costura do compromisso que pode dar fim a paralisação das obras que chegam a quase uma década.