As operadoras de planos de saúde já vivem uma crise sistêmica no setor, após seis meses de quedas consecutivas. A afirmação é do presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), Alessandro Acayaba de Toledo.
Segundo ele, a crise ocorre por causa crescimento das despesas que foi superior às receitas. Além disso, Alessandro Acayaba também afirma que a incorporação dos planos no fornecimento de medicamentos com preços elevados também pode comprometer a instabilidade do setor.
De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), somente em 2022, as operadoras tiveram um prejuízo de mais de R$ 11 bilhões, pior desemprenho da saúde suplementar nos últimos 20 anos. Segundo a agência, a queda acontece por conta do aumento dos custos, além da queda ou estagnação das receitas.
Por outro lado, o setor registra o aumento contínuo de beneficiários. Segundo a ANS, em março deste ano, somente os planos médico-hospitalares tiveram cerca de 217 mil beneficiários a mais do que o registrado no mês anterior.
Já na comparação com o mesmo período em 2022, o setor registrou um aumento de mais de um milhão de beneficiários. O crescimento foi observado em 21 das 27 unidades federativas. Mas os maiores ganhos em números absolutos foram nos estado de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.