Por causa da ressaca que atingiu a cidade do Rio neste fim de semana, o oxigênio no Sistema Lagunar de Jacarepaguá, na Zona Oeste, foi reduzido, impactando a vida dos animais nas lagoas.
O gás sulfídrico e o gás metano são produzidos a partir da decomposição de material orgânico provocada por ação bacteriana e potencializada em ambientes poluídos, como no sistema. Especialistas apontam que o crescimento urbano desordenado e a falta de saneamento universalizado contribuem para a vulnerabilidade do sistema, sobretudo em períodos de ressaca, quando a toxicidade é liberada do fundo das lagoas, reduzindo ainda mais a concentração de oxigênio na água.
O movimento acende o sinal vermelho para a possibilidade da morte de peixes. A afirmação é do biólogo Mário Moscatelli.
A Iguá, concessionária responsável pelo saneamento na região do Sistema Lagunar de Jacarepaguá, informou que já investiu R$ 120 milhões na recuperação de Estações Elevatórias de Esgoto. Segundo a empresa, isso possibilitou o aumento em 30% do volume de esgoto tratado na Estação da Barra da Tijuca, também na Zona Oeste. O comunicado ainda acrescenta que, entre as próximas ações previstas na região estão a revitalização do complexo lagunar, a dragagem parcial das lagoas, além do reequilíbrio do ecossistema e aumento da biodiversidade. A empresa ainda disse que estão previstos mais investimentos na ordem de R$ 300 milhões, destinados à expansão da rede de água e esgoto nas áreas irregulares não-urbanizadas, como comunidades do entorno.