Antes mesmo do Governo Federal anunciar de forma oficial a reoneração dos combustíveis, motoristas de diferentes estados já relatavam a gasolina estava sendo vendida por um valor mais alto em postos.
De acordo com os relatos, os valores encontrados em cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, ultrapassavam os observados nos mesmos estabelecimentos na última semana.
A situação foi constatada no mesmo dia que a Petrobras anunciou que reduziria a partir de quarta-feira (1º) o preço médio da gasolina para as distribuidoras.
O presidente do Sincopetro, que representa os postos do Estado de São Paulo, afirma não ter observado um movimento generalizado de aumento de preços. De qualquer maneira, José Alberto Paiva Gouveia afirma que os varejistas podem estar se preparando para comprar combustível com o preço futuro.
Segundo o professor de economia da PUC-Rio e da ESPM Roberto Simonard, apesar da influência do governo federal, o mercado é livre e os preços finais são definidos pelas distribuidoras e pelos próprios postos.
Nesta terça (28), a Petrobras informou que o preço médio da gasolina para as distribuidoras passaria de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, o que representa uma redução de R$ 0,13.
De acordo com a empresa, levando em consideração a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço final para o consumidor vai ser, em média, R$ 2,32 a cada litro vendido na bomba.
A estatal também anunciou uma redução de R$ 0,08 por litro no preço médio do diesel para as distribuidoras. Com isso, o valor de R$ 4,10 passa para R$ 4,02. Em nota, a companhia informou que as alterações têm como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras com os mercados nacional e internacional.
Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou que a gasolina vai sofrer reoneração sobre o preço final de R$ 0,47 por litro e o etanol de R$ 0,02 por litro.
