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Polícia Civil prende quadrilha que desviava dinheiro de idosa

Vítima de 82 anos teve obras de arte e joias roubadas e vendidas por grupo criminoso do qual sua filha era integrante

Marcus Sadok

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Mulher possuía obras de alto valor
Divulgação/Polícia Civil

Uma perícia da Polícia Civil comprova a autenticidade dos quadros de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti apreendidos nesta quarta-feira (10), em uma operação contra a quadrilha que aplicou um golpe de mais de R$ 720 milhões contra uma idosa de 82 anos. O grupo criminoso era chefiado pela própria filha da vítima, que chegou a manter a mãe em cárcere privado em Ipanema, na Zona Sul do Rio, de acordo com as investigações. Sabine Coll Boghici e outras três pessoas foram presas.

As obras de arte encontradas serão encaminhadas para uma análise completa. O golpe começou a ser aplicado no início de 2020 quando uma falsa vidente abordou a idosa na saída de um banco em Copacabana afirmando que a filha dela estava doente e morreria em breve.

Um suposto tratamento espiritual foi oferecido como promessa de cura e transferências bancárias começaram a ser feitas pela vítima, como conta o delegado Gilberto Cardoso. Quando a idosa passou a desconfiar do golpe e suspendeu as transações, Sabine a manteve em cárcere privado. A vítima era agredida, ameaçada e proibida de manter contato com outros familiares.

O golpe só chegou ao fim pois a idosa conseguiu acionar a Polícia. Foram pelo menos 16 obras de arte roubadas. Três delas foram recuperadas em uma galeria de arte em São Paulo e estão avaliadas em mais de R$ 300 milhões. O proprietário do estabelecimento afirmou que não sabia que os quadros eram roubados e revelou que vendeu outras duas obras para o Museu de Arte Latino-Americana, em Buenos Aires.

Sabine é filha de Jean Boghici, um dos maiores colecionadores de arte do Brasil que morreu há sete anos. Na Justiça do Rio mãe e filha disputam o inventário de Boghici. Em 2012, uma parte do acervo dele virou cinzas depois de um incêndio no apartamento onde morava, em Copacabana.

Os presos, acusados ainda de roubar joias, respondem por associação criminosa, estelionato, roubo, extorsão e cárcere privado.

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