A Prefeitura do Rio espera melhorar até novembro a situação do transporte por ônibus municipal na capital fluminense. A declaração foi dada pela secretária de transportes, Maína Celidonio, em entrevista à BandNews FM, nesta quinta-feira (14).
Segundo a pasta, 300 veículos voltaram a circular nas ruas da cidade desde o início do acordo judicial estabelecido em maio entre os consórcios, o Ministério Público e a Prefeitura. No entanto, a própria secretária reconhece que o número não é suficiente para resolver o problema do sistema de transporte.
O acordo com o município prevê pagamento de subsídio por quilômetro rodado das linhas de ônibus. Em junho, esse valor foi de R$ 2,13 por quilômetro. A expectativa é de que até dezembro, quando esse primeiro acordo expira, o subsídio chegue a R$ 1,78 por quilômetro.
O pagamento não é feito caso o mínimo de 80% da meta diária de quilometragem não seja atingido. O problema é que, segundo Maína Celidonio, a multa que era aplicada às empresas antes do acordo por redução da frota não está sendo mais aplicada. As empresas continuam recebendo a tarifa de R$ 4,05 que segue sem alteração para os cariocas.
31 linhas de ônibus voltaram a circular na cidade desde o início de junho. Entretanto, muitos usuários ainda reclamam do sumiço dos coletivos. Uma das linhas que deveria estar nas ruas é a 992, que faz o trajeto entre Tubiacanga e Fundão, na Ilha do Governador. Segundo dados do Painel Subsídios, em 23 dias do mês de junho, a linha registrou circulação menor do que a meta diária de 80%.
Na próxima segunda-feira (18), as linhas 669, entre Pavuna e Méier; e a 951, que faz o trajeto de Vicente de Carvalho à Vista Alegre voltam a circular. Outras quatro linhas também retornam até o final do mês.
Passageiros continuam reclamando do sumiço das linhas, entre elas, a 915 que liga Bonsucesso, na Zona Norte, ao Aeroporto do Galeão. A Secretaria Municipal de Transportes disse que está previsto para agosto o retorno do coletivo.
Em relação ao novo sistema de bilhetagem carioca, Maína Celidonio disse que a Prefeitura deve escolher em agosto a vencedora. Duas empresas e dois consórcios apresentaram valores na licitação. O maior lance foi do Consórcio Bilhete Digital, que ofereceu R$ 110 milhões.
Com o novo modelo, a Prefeitura espera ter dados para consolidar a integração dos sistemas de transportes municipais. O sistema tem previsão para ser implantado em janeiro no BRT e até o final de 2023 em todos os modais da cidade.
Em nota, o RioÔnibus, sindicato que representa os consórcios, disse que o período ainda é de adaptação.
*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes