A Prefeitura do Rio afirma que não tem interesse em que a Lamsa continue como concessionária da Linha Amarela, depois de uma perícia técnica apontar superfaturamento de R$ 71 milhões em obras da via expressa desde 2010. Nesta terça-feira, a autorização de abertura do processo de cassação da concessão da via foi publicada no Diário Oficial do Município.
O prefeito Eduardo Paes disse que vai buscar uma nova empresa que aceite o valor do pedágio inferior aos R$ 4 cobrado atualmente.
Paes afirmou que todos os prazos e direitos de defesa da concessionária serão respeitados. Motoristas que usam a via diariamente criticam o valor cobrado.
No despacho de autorização para o processo de cassação da concessão, o município afirmou que caso seja constatado vício contratual será autorizada a retomada da operação da Linha Amarela.
Essa não é a primeira vez que a Prefeitura tenta retomar a gestão da via expressa. Em novembro de 2019, na gestão de Marcelo Crivella, cancelas e cabines do pedágio foram quebradas depois que munícipio acusou a Lamsa de lucro indevido. Depois de uma batalha judicial, a concessionária conseguiu continuar administrando a via.
Em nota, a Lamsa afirmou que não há fundamento legal para o processo e que a perícia apontou que há desequilíbrio econômico-financeiro do contrato e prejuízo para a concessionária.