Rebeliões na unidade do Degase na Ilha do Governador chegam ao terceiro dia

Sete internos fugiram após confusão entre agentes de Departamento de Ações Sócioeducativas e defensores públicos na delegacia de Bonsucesso

Priscila Xavier

Os defensores questionaram que os jovens estavam algemados Divulgação/Defensoria Pública
Os defensores questionaram que os jovens estavam algemados
Divulgação/Defensoria Pública

Internos do Departamento de Ações Sócioeducativas (Degase), na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, fazem o terceiro dia de rebeliões na unidade.

As ações acontecem após o afastamento, pelo Ministério Público, de 25 agentes acusados de maus tratos contra os internos. Nesta quarta-feira (26), 15 jovens foram levados à delegacia, em Bonsucesso, após a segunda rebelião.

Os internos estavam sob a responsabilidade dos agentes do Degase e eram acompanhados pela Defensoria Pública, que questionou o fato de os jovens estarem com os braços entrelaçados e com as mãos para trás. Houve discussão entre os agentes de ambos os órgãos. 

Na confusão, sete internos conseguiram escapar da delegacia. 

Para o presidente do Sindicato dos Agentes do Degase, João Rodrigues, o posicionamento da Defensoria Pública, pedindo para que fossem retiradas as algemas, possibilitou a fuga dos internos.

Em nota, a Defensoria Pública alega que algemas os internos com as mãos para trás contraria as regras do próprio Degase. Segundo o órgão, as defensoras pediram para os agentes cumprissem com a determinação. A nota também pede uma apuração rigorosa e não descarta, ainda, a possibilidade de facilitação da fuga dos internos.

A Polícia Civil realiza diligências para tentar recapturar os sete internos que fugiram. 

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