O município do Rio de Janeiro vai passar a contar com um mecanismo de controle de enchentes e alagamentos. Conhecido como 'Cidade Esponja', o modelo já é utilizado no Reino Unido e na China. A medida foi sancionada parcialmente pelo prefeito Eduardo Paes e publicada em edição do Diário Oficial desta quarta-feira (3).
A iniciativa tem o objetivo de lidar com os impactos das mudanças climáticas. De acordo com o texto, a lei exige a adoção de mecanismos sustentáveis de gestão das águas pluviais por meio do fortalecimento de infraestrutura ecológica e de sistemas de drenagem.
O autor da iniciativa, o vereador William Siri, destaca que entre os tópicos apresentados está o revestimento permeável de estrutura porosa, o que, segundo ele, possibilitaria o escoamento da água nas vias.
Além disso, a lei ainda exige a adoção dos chamados telhados verdes e jardins de chuva, projetos que ajudam no escoamento da água em telhados, pátios e calçadas, além de valas e trincheiras de infiltrações.
No entanto, o consultor ambiental Luiz Renato Vergara aponta que, apesar do conceito 'Cidade Esponja' trazer benefícios para a infraestrutura, também inviabiliza debates mais profundos sobre a crise climática.
A medida havia sido aprovada em votação na Câmara Municipal. O conceito de Cidade Esponja também entrou em debate em outras áreas após a tragédia causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.