O Rio de Janeiro e São Gonçalo, na Região Metropolitana, estão entre as cidades do país que tiveram as maiores reduções populacionais proporcionais entre 2010 e 2022. As informações são do Censo, que começou a ser divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (28). O aumento da violência e a estagnação econômica podem explicar o cenário.  

A capital fluminense registrou a segunda maior queda absoluta no número de habitantes. Cerca de 200 mil pessoas deixaram a cidade em 12 anos.

Em São Gonçalo, houve aumento de 20% no número de domicílios e queda de 10% na população, o que indica a tendência de menos pessoas por domicílio. Se há 12 anos, eram mais de 3 pessoas por lar, o Censo 2022 aponta que esse número reduziu para 2,79 no país.  

O morador de Toronto, no Canadá, Miguel Ângelo Machado, resolveu se mudar do Méier, na Zona Norte do Rio, após uma jovem ter sido baleada em um arrastão na Linha Amarela em 2016. O músico conta que foi assaltado na Avenida Marechal Rondon no ano seguinte.

Já a cidade de Maricá, também na Região Metropolitana, teve um aumento de 54% na população entre 2010 e 2022. O município figura como campeão entre os maiores beneficiados por royalties de petróleo no primeiro trimestre de 2023, como destaca o demógrafo José Eustáquion Alves.

A moradora de Itaipuaçu, em Maricá, Margareth Silveira, de 46 anos, deixou a cidade de Niterói para buscar uma melhor qualidade de vida, em 2016. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Igor Sardinha, destaca que, durante o período, o município superou a fama de "cidade dormitório".

As cidades de Cabo Frio e Araruama, na Região dos Lagos, aparecem no Top 10 dos municípios do Brasil com maior número de domicílios ocasionais, que são usados para férias e nos finais de semana.  

A cidade de Macuco, na Região Serrana, tem a menor população do estado, com 5.145 habitantes.  

No estado do Rio, a população é de 16 milhões de habitantes, ficando atrás de São Paulo e Minas Gerais.