A Justiça do Rio marcou para quarta-feira (30), a segunda audiência de instrução e julgamento do processo que apura a atuação de policiais em uma das 28 mortes decorrentes de uma operação da Polícia Civil no Jacarezinho, em maio do ano passado.
Dois agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) são réus por fraude processual e pelo homicídio de Omar Pereira da Silva dentro de uma casa no local conhecido como Beco da Síria.
Segundo as investigações, os policiais retiraram o corpo de Omar do local antes da chegada da perícia, colocaram uma granada no lugar e apresentaram uma pistola e um carregador, como se eles fossem dele. Segundo o MP, o suspeito tinha sido baleado no pé durante confronto com os agentes, estava encurralado em um quarto e tinha se rendido.
Na primeira audiência, realizada em maio, três testemunhas afirmaram que Omar foi executado pelos policiais e que nenhuma arma estava com ele. A mãe de Omar, Márcia Cândido da Silva, é assistente de acusação da Defensoria Pública do Rio no processo.
A Polícia Civil afirmou que realizava uma ação no local para prender criminosos, apreender armas e drogas. A operação foi a mais letal da história do estado do Rio, com 28 mortos. Entre eles, Omar Pereira e um policial civil.