TRE retoma julgamento de ações que podem cassar mandato de Castro

O vice-governador Thiago Pampolha e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar também são julgados

Por Pedro DobalGiovanna Faria

TRE retoma julgamento de ações que podem cassar mandato de Castro
As defesas de todos os envolvidos negam as acusações
Rogério Santana/Governo do Estado

O Tribunal Regional Eleitoral retoma na tarde desta quinta-feira (23), o julgamento das ações que podem levar à cassação dos mandatos do governador Cláudio Castro, do vice-governador Thiago Pampolha e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar. A sessão está marcada para as 15h30. 

O julgamento começou na sexta-feira (17), mas foi suspenso por um pedido de vista. O relator do caso, o desembargador Peterson Simão, votou pela cassação e pela inelegibilidade do governador e do presidente da Alerj, além do pagamento de multas de R$ 106 mil cada.

Castro e outros 11 réus são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022 por meio de ações sociais e contratações fantasmas na Fundação Ceperj e na Uerj. 

Em relação ao vice-governador, o relator pediu que ele tenha o mandato cassado e pague uma multa de 21 mil reais, mas não fique inelegível. A justificativa é que Pampolha entrou depois na chapa de Castro, já que o então candidato a vice, o atual secretário de Transporte Washington Reis, foi barrado pelo TRE.

As defesas de todos os envolvidos negaram as acusações. Durante a sessão da semana passada, a defesa do governador ressaltou que tem prestado todos os esclarecimentos aos órgãos de controle. 

A Corte Eleitoral do Rio julga dois processos. O primeiro foi ajuizado pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que foi derrotado por Castro nas eleições de 2022, em conjunto com a coligação A Vida Melhorar. A segunda ação foi protocolada pelo Ministério Público Eleitoral.

Caso o TRE aceite o pedido de cassação dos mandatos, o caso ainda pode ser levado ao Tribunal Superior Eleitoral se houver recurso. 

Se a cassação de Castro for confirmada e ocorrer até junho de 2026, eleições suplementares vão ser convocadas para escolher o governador que vai exercer uma espécie de "mandato-tampão". Se a cassação for a menos de seis meses do fim do mandato de Castro, a Alerj deverá definir o responsável por exercer o cargo de forma provisória até o fim de 2026.

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