A carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, encabeçada pela Faculdade de Direito da USP ultrapassou na manhã desta sexta-feira (12) a marca de 1 milhão de assinaturas. O manifesto assinado por juristas, empresários, banqueiros, artistas e políticos foi aberto ao público no dia 26 de julho e lido nesta quinta-feira (11) em São Paulo.
A data coincide com a leitura de outra carta em defesa da democracia, no mesmo local, em 1977, contra a ditadura militar.
Entre os presidenciáveis, Lula, Ciro Gomes, Simone Tebet, Felipe D’Ávila e Soraya Thronike apoiaram o manifesto; Jair Bolsonaro não assinou.
Além do manifesto encabeçado pela Faculdade de Direito, outra carta – essa assinada por mais de 100 entidades empresarias e sindicais – foi lida no Largo São Francisco.
Além da leitura das cartas, atos em defesa da democracia e do processo eleitoral foram realizados em pelo menos 22 capitais brasileiras.
Mesmo não tendo sido citado, Jair Bolsonaro – que não assinou o manifesto – disse que a carta que defende é a Constituição.
Lula também foi às redes sociais e afirmou que defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, um bom emprego, saúde e educação. Segundo ele, esses fatores são fundamentais para recuperar o Brasil.
Ciro Gomes, do PDT, afirmou que o evento na Faculdade de Direito da USP é “um momento de união de diferentes setores contra os recorrentes ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral e ao próprio regime democrático”.
Simone Tebet, do MDB, escreveu que “a sociedade levanta sua voz em defesa da democracia”, a qual defende, e pediu “tolerância, paz e respeito”.