Eleições: Pré-candidatos comentam mudança no comando da Petrobras

Lula critica o governo e diz que estatal está sendo crucificada. Moro afirma que troca não afetará preços

Por Caiã Messina

A mudança na direção da Petrobras foi assunto hoje para pré-candidatos à Presidência da República.

Lula (PT) partiu para o ataque contra o governo em evento organizado por sindicatos de petroleiros e comparou a Petrobras a Jesus Cristo. O petista disse que a empresa está sendo crucificada diante de mentiras e narrativas com o objetivo de quebrar a estatal.

Em encontro com empresários, Sergio Moro (Podemos) disse que a troca no comando da Petrobras não vai ajudar a diminuir os preços dos combustíveis. O ex-juiz também alfinetou o ex-presidente Lula.

“Ele deveria ir lá visitar o Comperj, com US$ 20 bilhões jogados fora pela corrupção, e visitar o amigo dele na prisão, o Sérgio Cabral”, disse.

Segundo ministros do Planalto, a mudança no comando da Petrobras por Bolsonaro se deve a uma equação eleitoral. Líderes do centrão que se os combustíveis continuarem caros, isso vai ser explorado pela oposição na campanha. Por isso, o discurso do governo está pronto.

Bolsonaro (PL) vai argumentar que trocou duas vezes a presidência da estatal em busca de preços mais baixos e previsibilidade para os próximos reajustes.

Ciro Gomes, pré-candidato do PDT, afirmou que a empresa sofreu com Lula e com Bolsonaro.

João Doria, que renuncia ao governo de São Paulo na quinta-feira (31), cobrou do presidente do PSDB uma declaração de apoio por causa da pressão do também tucano Eduardo Leite. O gaúcho, derrotado nas prévias do partido, quer entrar na briga para o Planalto.

Bruno Araújo disse que as prévias vencidas por Doria são legítimas, mas ressaltou que está conversando com o MDB e o União Brasil para definir um nome da terceira via, que pode ser o próprio Doria.