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Entenda por que o interesse pela Playboy diminuiu

Sucesso dos anos 1970, atualmente a empresa aposta em uma plataforma parecida com o Onlyfans

Da Redação

Playboy
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Reprodução/ Instagram @playboy

Mesmo com a adaptação dos títulos e a mudança para o ambiente digital, o fim de muitas revistas conhecidas foi decretado. Isso não foi diferente com a revista Playboy. Seja pelo acúmulo de informações que a internet proporciona, pelo surgimento dos sites pornôs ou pelo aumento de discussões sobre a objetificação do corpo feminino, em março de 2020, a produção anunciou o fim. 

Desde seu lançamento em 1953, a revista Playboy, fundada por Hugh Hefner como um pôster central com a icônica Marilyn Monroe, desempenhou um papel fundamental na transformação dos costumes sociais, na revolução sexual e na flexibilização das leis que regiam a publicação de fotos consideradas obscenas na mídia. 

Durante os anos 1960, a influência da marca ultrapassou as páginas da revista, dando nome a clubes, programas de televisão e uma variedade de produtos estampados com seu distintivo logo do coelho. Segundo Hefner o coelho é como o playboy do mundo animal, por se tratar de um animal sofisticado.

A revista Playboy alimentou o imaginário masculino com produções de ensaios fotográficos com mulheres — e mesmo em meio a diversas polêmicas, conquistou um império na época. A revista chegou a ter 5,6 milhões de assinantes no seu auge, nos anos 70.

Contudo, conforme dados do Google Trends, que analisa o volume de buscas desde 2004, a Playboy foi sendo cada vez menos procurada ao longo dos anos. Se em 2005, quando nomes como Barbara Borges e Fernanda Paes Leme estamparam a capa da revista, as buscas tiveram um pico, nos anos seguintes, a procura foi cada vez menor, até minguar, de fato, em 2020. 

Buscas pela Playboy nos últimos anos conforme o Google Trends (Foto:Reprodução/Google Trends)


Ainda segundo o gráfico, é possível analisar que mesmo com o surgimento de sites pornôs, como XVideos e Pornhub, no primeiro semestre de 2007, a procura pela revista ainda era alta, mas ao longo dos anos, essa busca diminuiu consideravelmente. 

Tanto que, em meio à pandemia do coronavírus, o CEO Ben Kohn interrompeu a produção de edições impressas. No Brasil, a revista encerrou suas atividades em 2018, e nos Estados Unidos durou até março de 2020. 

A marca ainda busca se reinventar. No ano passado, a empresa anunciou que a Playboy voltaria, sendo publicada na plataforma digital. Além disso, a empresa não descarta retomar sua impressão no futuro.

Todavia, de olho nas demandas do mercado, a revista não voltou de forma convencional. A publicação faz algo semelhante ao OnlyFans, rede social que as pessoas produzem conteúdo e cobram uma mensalidade para que os usuários acessem um material exclusivo. 

Agora, o principal produto da marca é o Playboy Club, que foi repaginado e apresentado como um novo serviço que oferece experiências virtuais e da realidade, permitindo que os fãs conheçam suas coelhinhas e companheiras da Playboy favoritas. 

A ideia da revitalização é honrar o legado dos clubes históricos, ao mesmo tempo que atende a uma nova geração de Membros e Coelhinhos exclusivos. A filiação custa cerca de US$ 99 (mais de R$ 500) anuais. O projeto não se popularizou no Brasil. 

Além disso, a marca conta com um TV adulta. Atualmente, sua página no Instagram, tem quase 10 milhões de seguidores. 

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