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Conheça causas do autismo, transtorno do filho da Fernanda do BBB24

Fernanda é mãe de um menino autista, mas pais sem transtorno podem ter filhos com TEA; conheça as origens do autismo

Da Redação

Fernanda Bande
Fernanda Bande
Reprodução/ Instagram @nandabande

A participante Fernanda, do "BBB 24", é mãe solo de duas crianças: Marcelo, de 11 anos, e Laura, de cinco anos. A sister convive com a maternidade atípica: seu primogênito é autista.

Embora Fernanda não seja diagnosticada com transtorno do espectro do autismo (TEA), pelo menos 50% do risco de alguém ter autismo é previsto por genes vindos dos pais. A informação é de um estudo de 2023, publicado no jornal científico norte-americano PNAS.

Além do fator genético, na minoria dos casos, o autismo se dá por fatores ambientais - de 1% a 3% - conforme um estudo de 2019 publicado pelo JAMA Psychiatry, que pode ser o caso de Marcelo (entenda mais sobre as causas abaixo).

O que é o autismo

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízos na interação social e na comunicação, além da presença de interesses restritos e comportamentos repetitivos. 

Mas como ele se apresenta varia muito de pessoa para pessoa, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

De todo modo, o autismo é altamente hereditário. “Se alguém da sua família tem TEA, é mais provável que você tenha um filho com TEA”, aponta o CDC. O mesmo estudo do JAMA aponta que 97% a 99% dos casos de autismo. têm causa genética.

Causas do autismo

Ainda que Fernanda não tenha o diagnóstico, Marcelo pode ter herdado genes da mãe que levaram ao TEA. Também existem outras possibilidade:

  • Ele pode ter herdado geneticamente através o pai;
  • Embora seja causa de minoria dos diagnósticos, existem fatores ambientais associados ao autismo. Exemplos são exposição a toxinas e medicamentos, infecções da mãe durante a gravidez e complicações no parto ou no período neonatal.
  • Se os dois pais não têm o transtorno, ainda há a possibilidade de passar aos descendentes variantes genéticas raras que ocasionam o TEA. Uma pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Washington, avaliaram dados genéticos de 11 mil pessoas com autismo e identificaram essa classe de variações. A hipótese continua sendo estudada, mas poderia se aplicar ao caso de Marcelo;
  • Fernanda pode nunca ter sido diagnosticada com o TEA, já que há uma subnotificação de autismo entre mulheres. Conforme a National Autistic Society, estereótipos de gênero podem ter influenciado na forma de diagnosticar. “Devido a ideias estereotipadas sobre o que é o autismo e quem pode ser autista, muitas mulheres e meninas autistas lutam para obter um diagnóstico, recebem um diagnóstico mais tarde na vida ou são diagnosticadas erroneamente com outras condições além do autismo”, apontam.
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  • De todo modo, evidências científicas apontam não haver uma causa única para o TEA, mas sim a interação complexa de fatores genéticos e ambientais.


Marcelo ganhou tratamento especial  

Em alguns momentos, a sister falou sobre o diagnóstico do filho, as dificuldades de criar os pequenos e contou ainda do pai de seu filho, que é ausente e não paga pensão. Em uma conversa com Rodriguinho, Nanda disse que o filho “não dá mais trabalho”.  

"Precisa de tratamento, mas problema não dá mais, não. Não dá mais crise. Quando era mais novo, dava. E aí fiquei anos sem sair de casa, não entendia ele, também não me entendia, demorei a aceitar, foi bem difícil. Hoje ele está maravilhoso, só precisa dos tratamentos".

Algum tempo depois, o menino ganhou um tratamento especial em uma clínica terapêutica. "Hoje foi o primeiro dia de terapia e ele amou, temos certeza que a Nanda vai ficar muito feliz de vê-lo sendo acompanhado por profissionais competentes!", escreveu o perfil da sister.

O tratamento que ele está fazendo é para a parte psicomotora e conta com atividades feitas em um estúdio especial.

Fernanda foi criticada por Xuxa

Recentemente, o nome de Fernanda ficou entre os mais comentados nas redes sociais devido ao desabafo da sister sobre a criação dos filhos (assista no vídeo abaixo).

A mulher comparou sua experiência no reality com suas experiências como mãe. "Tem coisa que não me desce. Eu já tô no meu limite, mas foi o que falei para vocês no quarto. Tô com uma função que nasce quando você vira mãe: o botão da demência. Esse botão fica aqui agarrado com o coração", começou.

Fernanda revelou que às vezes sente vontade de 'matar os filhos'. "As coisas, às vezes... Tá tudo dando errado, Pitel. Tem dia que você quer matar seus filhos. Você quer ser presa. Tem dia que você olha aquelas crianças e você fala: 'Se eu morasse em um prédio, eu jogava pela janela'. Porque você não aguenta, você surta, você quer morrer", desabafou.

Apesar de muitas mulheres se identificarem com a fala da sister, muitas outras não concordaram com Fernanda, como Xuxa, por exemplo, que fez questão de se manifestar “em defesa aos diretos das crianças”.  

Em áudio enviado ao jornalista Léo Dias, a apresentadora disse que não se arrepende de suas falas e citou sua própria mãe como exemplo.

"Fico nervosa com esse assunto. Eu nunca fiz uma palestra sobre esse assunto para poder falar com as pessoas que a minha mãe nunca teve empregada, babá ou funcionária, teve cinco filhos e nunca disse que queria matar a gente, que desejava que a gente não tivesse nascido ou queria jogar a gente pela janela", detalhou.

Durante a resposta, a apresentadora ficou emocionada e também falou sobre a criação de Sasha, afirmando que nunca encostou a mão na filha ou teve qualquer atitude agressiva com ela.

"Fico chateada porque as pessoas levam isso para mim e para a Sasha. Eu, graças a Deus, nunca botei um dedo na minha filha, mas não porque eu tinha babá, mas porque eu não queria me arrepender sobre o que eu estivesse fazendo ou falando. E essa mulher (Fernanda) sabia o que ela estava falando, ela está no BBB, carácoles. Falar isso para todo muito ouvir, não tá certo".

O que é maternidade atípica?

Não demorou, e os administradores da página de Fernanda citaram a exaustão na maternidade, especialmente de uma mãe atípica e solo. 

O perfil explica, que mulheres como a sister, enfrentam o peso de cuidar de seu filho sem o suporte usualmente disponível para mães em famílias convencionais.

“Esta jornada solitária pode ser física e emocionalmente esgotante, exigindo uma resiliência extraordinária diante das demandas contínuas de cuidado e das pressões da vida cotidiana. Essas mães merecem não apenas reconhecimento, mas também apoio prático e compreensão em sua jornada única”, manifesta o perfil.  

Em outra publicação, o perfil explica que mães de crianças atípicas enfrentam responsabilidades adicionais, consultas médicas e terapias frequentes, além da constante preocupação com o bem-estar dos filhos e afirmam: “Apesar da falta de reconhecimento e apoio da sociedade, sua resiliência e amor incondicional são inspiradores. É fundamental que essas mães recebam apoio para cuidar de si mesmas e encontrar equilíbrio na jornada materna atípica”.  

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