A professora Priscila Jodas Pyrhus, de 39 anos, detalhou ao Melhor da Noite, desta segunda-feira (15), um pouco do drama que viveu nos últimos dias em que estava no Haiti. O país vive uma forte crise de segurança e vários moradores tentam deixar local.
Priscila vivia no país desde 2019 com o marido, que é haitiano. Ela conseguiu retornar ao Brasil, com outras 5 pessoas, na última sexta-feira (12), mas teve que se despedir dele no aeroporto.
"Foi muito difícil tomar a minha decisão de vir para o Brasil. Tive que deixar o meu marido, o projeto social que eu ajudava, a minha casa e o meu trabalho", lamentou.
"Meu marido tem o visto brasileiro e tem o visto dominicano, mas mesmo assim ele não conseguiu embarcar comigo porque a embaixada dominicana não permite que haitiano entre no país devido à situação que o país está. Converso com o meu marido todos os dias. Desde que voltei, ele me relata é que as coisas estão ficando mais difíceis. O porto está fechado, e como lá é um país que importa muito, estão tendo dificuldade de encontrar produtos e as coisas estão ficando muito caras. A inflação tá crescendo muito", completou.
Priscila espera que a situação melhore para conseguir retornar ao Haiti. "Eles são um povo muito inteligente. Acredito que Deus pode mudar a situação do Haiti, mas que também o haitiano tem que se levantar e lutar para que essa situação mude. O Haiti é maior do que a insegurança, do que as guerras. Quero voltar para dar aula. Quero voltar para continuar com o projeto, para eu propagar que Deus não se esqueceu do Haiti."