Melhor da Noite

Melhor da Noite inicia campanha da Band de doação de órgãos; saiba mais

Programa recebeu a ministra da saúde, Nísia Trindade, para falar sobre a campanha "Doe órgãos, Doe vida"

Da Redação

O apresentador Faustão precisará de um transplante de coração. Internado por insuficiência cardíaca, o quadro dele se agravou e ele entrou na fila para doação. Para conscientizar mais a população sobre esta questão, a Band lançou nesta segunda-feira, por meio do Melhor da Noite, novo programa da emissora, a campanha "Doe órgãos, Doe vida".

Durante a atração, Glenda Kozlowski e Zeca Camargo entrevistaram a ministra da saúde brasileira, Nísia Trindade, que elogiou a inciativa da Band e falou sobre como é crucial que haja cada vez mais informação sobre a doação.

“O grande entrave é termos uma campanha de sensibilização. Mesmo que haja um documento da pessoa que deseja doar, é à família que cabe a autorização. Um dado que chama atenção é que a maior fila para doação de órgãos é a dos rins. É um órgão possível de ser doado em vida e é o que acontece com muita frequência. Essa conscientização é muito importante”, frisou a ministra.

O programa também teve convidada Márcia Ferreira Maluf, 1ª mulher que recebeu um transplante de coração no Brasil. Ele relembrou a tensão que sentiu pouco antes a realização do procedimento, feio há 27 anos, e falou sobre sua alegria em poder estar aqui hoje.

“Eu já tinha um marca-passo, por uma miocardite. Até que chegou uma hora que meu marca-passo não fazia mais efeito, meu coração parava. Meu médicos chamaram e falaram: ‘Esse coração não dura mais dois meses. É fazer transplante ou fazer’. Como amo a vida e não quero ir embora de jeito nenhum, vamos embora! Foi uma fase muito difícil a espera. Não tinha campanha naquela época. É o que eu falo: quando ama a vida, você faz tudo acontecer. Consegui meu coração em 12 dias. Foi a maio emoção da minha vida”, descreveu.

O programa também recebeu Daniela e Luiz Henrique Colacino, que doaram os órgãos do filho, que morreu aos 13 anos.

“Quando chamaram o pessoal da doação falaram: ‘Você gostaria de doar quais órgãos’. Falei: todos. Pensei no meu filho. Uma criança que adorava amigos e estava sempre junto, pensei que tinha que ajudar as mães. Meu filho faleceu próximo ao Natal. Falei que não era justo eu passar um Natal tão triste enquanto as outras mães poderiam ter uma alegria”, explicou Daniela.

Como funciona a fila de transplantes do SUS?

O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos de todo mundo e é o segundo país maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que garante que 90% das cirurgias sejam feitas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Tal gerenciamento integra as 27 centrais estaduais do país.

Segundo o Ministério da Saúde, hoje, há 617 hospitais e 1.495 equipes autorizados a realizarem transplantes no Brasil. Uma delas é liderada pelo médico Lúcio Pacheco, especialista em transplante de fígado.

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