Esporte

Alerj aprova projeto que rebatiza Maracanã com nome de Pelé e gera críticas

Da Redação, com BandNews FM e Agência Brasil

Estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio  Marco Sardenberg/Helicóptero BandNews FM
Estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio
Marco Sardenberg/Helicóptero BandNews FM

A Assembleia Legislativa do Rio aprovou nesta terça-feira (9) o projeto de lei que renomeia oficialmente o estádio do Maracanã de Jornalista Mário Filho para Edson Arantes do Nascimento - Rei Pelé. As informações são de Gustavo Sleman, da BandNews FM

Segundo a proposta, o Complexo Esportivo do Maracanã, que engloba além do Templo do Futebol o ginásio do Maracanãzinho, o parque aquático Júlio Delamare e o estádio de atletismo Célio de Barros, levaria o nome de Mário Filho.

O texto foi aprovado em regime de urgência. De acordo com o autor, o deputado e presidente da Alerj André Ceciliano, a ideia é homenagear a história e legado do eterno camisa 10 da Seleção Brasileira e do Santos. Foi no mais famoso estádio do mundo que Pelé marcou o milésimo gol da carreira em 1969.

O projeto estabelece que placas contendo o nome do estádio vão ter que fazer menção ao milésimo gol de Pelé. Também assinam o projeto como coautores os deputados Bebeto, Marcio Pacheco, Eurico Junior, Carlos Minc, Coronel Salema e Alexandre Knoploch.

Apenas a bancada do PSOL votou de forma contrária ao texto durante a sessão. O deputado Flávio Serafini questionou a mudança. 

Reações

Nas redes sociais, por outro lado, muitos torcedores criticaram a decisão e deixaram a hashtag #VetaGovernador, já que o projeto agora vai para sanção do governador em exercício Cláudio Castro, entre os assuntos mais comentados.

O neto de Mário Filho, também jornalista Mário Neto, protestou contra a troca, de acordo com informações da Agência Brasil. “Lamentável essa atitude. Uma barbaridade. Tiraram com uma canetada. Eu não vou brigar com quem não conhece Mário Filho, não conhece nada de esportes. Tô chateado, mas não vou levar à frente”, disse o jornalista.

Mário Leite Rodrigues Filho nasceu no Recife, em 3 de junho de 1908, e morreu no Rio de Janeiro, em 17 de setembro de 1966. Irmão do dramaturgo e escritor Nélson Rodrigues, Mário Filho atuou no Jornal dos Sports, de sua propriedade, onde coordenou a campanha pela construção do Maracanã.

No final dos anos 40, Mário lutou pela imprensa contra o então vereador Carlos Lacerda, que desejava a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá para a realização da Copa do Mundo de 1950. Mário conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que o estádio deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores.

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