O Cruzeiro chegou a anunciar em junho o retorno do atacante Dudu em junho, mas a negociação acabou dando errado e o jogador permaneceu no Palmeiras.
O desfecho surpreendeu o CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos. Em entrevista nesta quarta-feira (4) ao Jogo Aberto, o dirigente disse acreditar que Dudu cometeu uma “decisão equivocada” ao recusar a negociação.
“A gente entendia que a dificuldade seria do Palmeiras, do momento do Palmeiras, de eleição e tudo mais. O Palmeiras foi muito profissional. Quando a gente conseguiu romper isso, nunca imaginava – na cabeça de ninguém, nem minha, nem dos próprios procuradores do Dudu – que nós teríamos essa mudança de pensamento por parte do Dudu”, disse Mattos.
“Agora, sou profissional, como o Dudu é. É meu amigo. Não vai acabar uma relação que foi uma relação próxima, de irmandade mesmo, por causa de um episódio desses. Eu torço por ele. Acho, continuo achando, falei isso para ele, falei isso para o André (Cury, agente do jogador), que ele cometeu, na minha opinião, uma avaliação equivocada”, acrescentou.
Apesar da negativa na negociação, Mattos acredita que ainda é possível contar novamente com Dudu “em alguma situação” no futuro, independente do clube.
Cássio ‘no fio do bigode’
Antes da negociação com Dudu, o Cruzeiro surpreendeu em maio ao tirar Cássio do Corinthians. O goleiro era um sonho de Pedro Lourenço, dono da SAF cruzeirense, como uma alternativa.
O plano A de Lourenço era Fábio, goleiro do Fluminense. Ciente de que o ídolo celeste não voltaria, sugeriu o nome de Cássio. A partir daí, segundo Mattos, a negociação aconteceu naturalmente.
“O Cássio veio para Belo Horizonte sem ter nenhum documento assinado com o Cruzeiro. Só na palavra, só no ‘fio do bigode’, como a gente fala aqui, só no respeito e na admiração profissional que ambos tínhamos”, disse.
“E isso aconteceu. Chegou em Belo Horizonte sem nada assinado. Chegou em Belo Horizonte, fez os exames, assinou o contrato. Está muito feliz, já criou uma identificação com o torcedor do Cruzeiro”, completou.