Finalista no Campeonato Mexicano dirigindo o Amérixa-MEX com números recordes, André Jardine projeta decisão por título nacional diante do Tigres e menciona período turbulento na adaptação do São Paulo em 2019.

Capítulos como escolha de técnico estrangeiro na Amarelinha e ouro olímpico nos jogos de Tóquio de 2020 comandando equipe brasileira também foram pauta na entrevista cedida ao programa “Esporte em Debate”, da Rádio Bandeirantes, na última terça-feira (12).

Passagem frustrante no Tricolor do Morumbi e medalha olímpica de ouro com Seleção

O processo no São Paulo foi muito curto. Me sinto um pouco injustiçado quando fui avaliado, pois foram um pouco mais de 10 jogos à frente do profissional. 

Foi um período muito curto. É complexo falar. Claro que a gente vai sempre amadurecendo. Hoje, com certeza, eu sou um profissional muito mais experiente. Com a experiência olímpica da medalha de ouro, o pessoal no México valoriza muito por ter ganhado com a seleção brasileira.

Vojvoda pelo caminho e impressão negativa deixada

Tivemos azar de ter cruzado com o Talleres da Argentina, treinado por Vojvoda. Na época, não conseguimos vencer o Talleres, e o trabalho foi julgado naquele momento. Me sinto um pouco injustiçado pelo período tão curto de tempo em um cenário tão adverso.

CBF, Seleção Brasileira principal e possibilidade de treinador estrangeiro na Amarelinha

Sobre a possibilidade de um técnico estrangeiro na seleção brasileira e crise extracampo, Jardine disparou: 

Vejo com tristeza a crise na CBF. Quanto aos resultados, estamos vivendo um momento de transição. Torço e acredito muito nessa geração de jogadores na próxima Copa do Mundo. 

Fernando Diniz é um bom nome, mas se for estrangeiro, que seja com muito currículo. Se não vier alguém como Ancelotti, que não inventem outro com currículo duvidoso. Seria um tiro no nosso próprio pé.

Decisão no Mexicano pode selar primeiro troféu por clubes de Jardine

Será um confronto muito igual, muito parelho, o time do Tigres é cascudo, são jogadores com muito tempo de clube. Gignac é o centroavante, está há oito anos. Eles apresentam um trabalho muito sólido com jogadores bastante experientes. Podemos dizer que será um jogo muito difícil - afirmou Jardine.

Na temporada regular o América consolidou através das mãos de André Jardine a melhor campanha da história dentro da competição. Além de líder, a equipe mexicana ainda terminou com a melhor defesa do campeonato sofrendo apenas 14 gols além do melhor ataque com 37 tentos.

Os dois jogos da grande final serão disputados ainda nessa semana. O confronto de ida acontece nesta sexta-feira (15), na casa do rival Tigres enquanto o de volta no domingo (17), com mando da equipe comandada por Jardine.