Após estrear com a camisa da Seleção Brasileira, na derrota por 2 a 1 para a Colômbia, na última quinta-feira (16), pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, o atacante Paulinho, camisa 10 do Atlético Mineiro, foi alvo de intolerância religiosa nas redes sociais.
Paulinho nunca escondeu sua religião, o Candomblé, e comemorou a convocação para a Seleção Brasileira agradecendo a Exu, um dos Orixás da religião, com a frase “nunca foi sorte, sempre foi Exu”.
Dentre os comentários recebidos pelo jogador, alguns associaram a religião e o jogador à virada sofrida pelo Brasil em Barranquilla, na Colômbia, já que os gols da seleção colombiana saíram cinco minutos após a sua entrada no segundo tempo.
"Foi só esse macumbeiro vagabundo, desperdiçador de farofa entrar que tomamos a virada" e "o Paulinho macumba manchando a história da Seleção Brasileira", diziam alguns dos comentários.
Nas redes sociais, o Atlético Mineiro repudiou os ataques sofridos pelo artilheiro no Campeonato Brasileiro, com 17 gols.
“A intolerância religiosa é crime e deve ser combatida por todos. O Galo repudia veementemente os ataques destinados ao nosso atleta Paulinho, nas redes sociais, durante a partida da Seleção Brasileira. Força, Paulinho. Que sua fé te proteja da maldade alheia!”, disse o clube em nota.
O Vasco, clube que revelou Paulinho para o futebol, também emitiu nota em defesa do jogador e destacou a importância de se respeitar todas as religiões e credos.
“O Vasco da Gama repudia veementemente a intolerância religiosa sofrida pelo atacante da Seleção Brasileira, Paulinho, e presta pronto apoio à cria da base.
Ressaltamos a importância do respeito a todas as religiões e credos. O preconceito deve ser combatido em prol de uma sociedade plural, para que cada indivíduo possa, em paz, expressar a sua fé”, afirmou o clube carioca em nota nas redes sociais.