O técnico Tite deixa a Seleção Brasileira após seis anos de trabalho, um total de 2.290 dias, 61 jogos, 45 vitórias, 11 empates e cinco derrotas, um título de Copa América e duas Copas do Mundo perdidas, as duas as quartas-de-final.
E ainda deixa o cargo sem responder a uma série que questões que ficaram no ar após a derrota nos pênaltis para a Croácia.
- Por que Neymar não foi o primeiro a cobrar pênalti?
- Por que Rodrygo, de 21 anos, abriu a série de pênaltis?
- Por que Marquinhos, abalado pelo gol de empate da Croácia (a bola desviou nele) foi bater o pênalti que eliminou o Brasil?
- Por que tirou Vinicius Júnior?
- Por que o Brasil, ganhando o jogo, levou um gol de contra-ataque a três minutos do fim?
- Por que o time todo não estava na defesa na hora do gol?
O Brasil teve 15 treinadores nas 22 edições de Copa do Mundo que disputou. Somente Tite e Telê Santana tiveram a chance de comandar o Brasil em uma segunda Copa sem ter sido campeão na primeira vez que dirigiu o a Seleção.
Telê foi chamado às pressas para comandar o Brasil na Copa de 1986 com a esperança de refazer a história após a frustração em 1982. Não deu certo.
Tite ganhou uma segunda chance após a eliminação do Brasil com a derrota para a Bélgica na Copa do Mundo de 2018. A diferença é que no ciclo da Copa passada, Tite teve menos de dois anos de trabalho para formar seu time. Agora, foram quatro. Nestes seis anos, o treinador convocou 88 jogadores. Formou o time que quis.
Outros treinadores comandaram a seleção em mais uma Copa. A diferença é que eles tinham sido campeões. Foi o caso de Zagallo, campeão em 1970, que comandou o Brasil em 1974 (quarto lugar) e 1998 (vice-campeão). Carlos Alberto Parreira, campeão em 1994, também teve uma segunda chance em 2006. Luiz Felipe Scolari, o técnico do penta de 2002, voltou a dirigir a seleção em 2014. Nenhum deles conseguiu repetir o feito ganhando um segundo título.
Agora é um novo treinador ser chamado pela CBF para começar tudo de novo.