Bicampeão mundial, Henrique Avancini se aposenta e não estará na Olímpiada

Maior ciclista da história do país vai parar sem uma medalha olímpica

Caio Cappato

Bicampeão mundial, Henrique Avancini se aposenta e não estará na Olímpiada
Henrique Avancini é o maior ciclista da história do Brasil
Divulgação/Cristian Dias

A surpresa mais importante da terça-feira no esporte olímpico não foi tão positiva. Pelo menos para quem espera por um recorde na contagem de medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Pouco mais de duas semanas depois de conquistar o bicampeonato mundial de ciclismo mountain bike na categoria maratona, Henrique Avancini, maior vencedor da história do país na modalidade, anunciou que vai se despedir das competições oficialmente ainda neste ano:

"É uma decisão difícil e eu não sinto nem alegria nem tristeza de tomar essa decisão, mas tenho senso de realização muito grande, de satisfação muito grande. Acho que foi bem difícil tomar a coragem de dar esse passo, tomar essa decisão", revelou emocionado.

Aos 34 anos, o atleta nascido em Petrópolis-RJ garantiu que ainda fará mais duas ou três competições neste ano, mas sem a responsabilidade por resultados que o norteou nas últimas temporada. A ideia agora é curtir a despedida ao lado do público.

O fim da carreira foi anunciado em um evento em São Paulo, que também serviu para o lançamento do seu documentário, “Meu Motivo", exibido pela primeira vez para a imprensa.

“Se eu buscasse muito mais além, seria mais para satisfazer meu ego do que compartilhar uma coisa que eu acredito ser genuína. Foi assim que eu competi: acreditando muito que seria campeão mundial e, se isso acontecesse, seria o final da carreira", disse Avancini se referindo ao título mundial na Escócia no início do mês.

Com 14 títulos brasileiros, 2 pan-americanos, 1 campeonato sul-americano e 2 campeonatos mundiais, Henrique Avancini terminará a carreira sem medalhas olímpicas. Em Tóquio-2020, entretanto, conquistou o melhor resultado de um brasileiro na história (13º). 

Deixará para sempre a dúvida se conquistaria uma medalha inédita em Paris 2024, mas também o capítulo mais lindo verde e amarelo já escrito na história do ciclismo.

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