Ring girl e 1ª árbitra brasileira contam como UFC melhorou para mulheres

No mês da mulher, Camila Albuquerque e Jhenny Andrade contaram que o MMA feminino conquistou mais espaço nos últimos anos

Duelo UFC

Conheça os campeões do UFC, detalhes das lutas, datas dos próximos eventos, curiosidades sobre os atletas e relembre momentos históricos. O blog Duelo, do jornalista Allan Brito, esquenta a nova cobertura do UFC na Band

Camila e Jhenny participaram do Resenha UFC
Camila e Jhenny participaram do Resenha UFC
Instagram/Reprodução

Camila Albuquerque, primeira árbitra brasileira no UFC, e Jhenny Andrade, uma das ring girls brasileiras do evento, veem evolução no cenário feminino no MMA. Elas participaram do Resenha UFC e contaram como isso tem acontecido.

Camila destacou a importância de Ronda Rousey, americana que foi a grande campeã no início do UFC feminino, há 10 anos. "A Ronda abriu espaço para nós todas, não só para lutadoras. Ela abriu espaço feminino dentro do UFC. O fato dela ser um pacote completo facilitou a aceitação do público, com a total qualidade técnica".

A árbitra também contou que no início da carreira era pouco requisitada e sempre enfrentou críticas excessivas. Mas entende que isso faz as mulheres serem mais competentes.

"Eu sou cobrada por pessoas que têm replays 5 vezes. Eu tenho poucos segundos. Mas sempre me cobrei, porque meu erro seria julgado diferente. É assim que nós nos sentimos. O homem não entende, mas é por isso que entregamos um trabalho melhor", apontou Camila.

A árbitra também deu mensagens para as mulheres envolvidas no MMA. "Tem a importância de uma mulher apoiar a outra, porque não é uma competição. É uma luta juntas. Vamos caminhar juntas. Vão ter dificuldades, é normal, e para nós vai ter um pouco mais. Mas não desistam no meio, porque o final compensa. Espero que chegar onde eu cheguei tenha facilitado para as próximas que virão".

Jhenny costuma participar de todos eventos de preparação antes das lutas, durante a semana. Ela contou que tem sentido mais presença feminina entre o público.

"Cada vez mais temos mulheres assistindo. Era um ambiente de homens, mas hoje em dia a gente vê crianças e senhoras assistindo. Mulheres só com amigas. Isso vem crescendo", contou a ring girl.

Ela também falou que ainda enfrenta um pouco de preconceito, mas tenta ignorar essa parte. "Não sou só a menina da plaquinha. Sou representante da empresa em toda área de mídia. Tem que dar carinho e nem todo mundo está preparado para isso. Tem que ser carinhosa e ter energia. Eu retribuo e esqueço esse lado preconceituoso, para só bater e voltar". 

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