Quem olha o grid do WEC costuma encontrar muitos nomes conhecidos. Entre as equipes, há vários pilotos com experiência em diversas categorias, como a Fórmula 1 e a Indy.
As competições, no entanto, correm com monopostos, carros bem diferentes dos protótipos utilizados no Mundial de Endurance. Assim, para quem disputa as 6 Horas de Interlagos deste final de semana, será que experiência em um carro tão diferente ajuda?
Para Jenson Button, sim. O britânico foi campeão da F1 em 2009 pela Brawn, conquistando o título em Interlagos, e disputa a temporada 2024 do WEC pela Jota.
“Eu sei que (a pista) não tem muitas curvas, mas eu ainda tenho a experiência - acho que mais na corrida, mais do que na qualificação”, disse Button, que se despediu da F1 ao disputar o GP de Mônaco de 2017 como substituto de Fernando Alonso na McLaren.
Segundo o britânico, a experiência pode ajudar a poupar pneus. “Essa é uma pista de alta degradação, especialmente amanhã que vai estar entre 23 e 25 graus. Espero que eu possa usar essa experiência de novo”, completou.
No caso de Daniil Kvyat, as duas categorias têm muitas diferenças. O russo correu na Fórmula 1 entre 2013 e 2020 pela Toro Rosso (depois AlphaTauri) e pela Red Bull; no WEC, estreou em 2023 pela Prema e corre em 2024 pela Lamborghini.
“É bastante diferente. São duas categorias bem diferentes, com níveis diferentes de aderência, de peso e de downforce. Certamente, é claro, acho mais rápido por aqui. Você pode pisar mais fundo nas curvas, então eu tive que mudar um pouco minha mentalidade de como pilotar esse carro”, afirmou Kvyat.
“É interessante. O carro desliza muito mais. Então, eu diria que se trata de tentar encontrar a aderência correta, vocês sabem”, completou.