Esportes

Galvão Bueno e narradores destacam a importância de Luciano do Valle

Nomes como Galvão Bueno, Cléber Machado, Sérgio Maurício e Oliveira Andrade destacam narrações e relembram histórias

da redação

Narradores relembram momentos marcantes de Luciano do Valle
Narradores relembram momentos marcantes de Luciano do Valle
Reprodução

Inspiração, voz, sobriedade, dedicação. Essas foram algumas das palavras usadas por ícones da narração esportiva para definir a genialidade de Luciano do Valle em reportagem especial para o Show do Esporte deste domingo (21).

Natural de Campinas, Luciano emprestou sua inconfundível voz para dar emoção em tantos momentos do esporte em diversas emissoras. Porém, foi na Band que o locutor encontrou o seu lugar para chamar de casa.

Após completos dez anos da morte do maior narrador do Grupo Bandeirantes de Comunicação, companheiros de profissão falaram da importância de Luciano para o desenvolvimento do esporte no país e destacaram a inconfundível voz que levou milhões de brasileiros para emoções nas transmissões esportivas.

Especial Luciano do Valle

“No conjunto da obra o Luciano do Valle é indiscutivelmente o melhor. Sempre fez muito pelo esporte brasileiro. Era uma dedicação 24 horas pensando naquilo. Ele pegava o gravador e ia para o estádio da Ponte Preta e narrava o treino. Quando voltava para emissora, rodava para o chefe de esportes, isso com 15, 16 anos.” - relatou Oliveira Andrade, ex-locutor da Band.

Até mesmo os “concorrentes” de audiência também fizeram questão de relembrar histórias e das memórias enraízadas das jornadas esportivas. 

Para Galvão Bueno, o que fica são as lembranças compartilhando cabines, os jantares e os encontros entre as transmissões das emissoras. Já Cleber Machado fala sobre a importância em saber ponderar nas críticas aos atletas e saber exaltar

"Para mim, ele foi uma inspiração, sabia muito bem fazer esse equilíbrio entre a emoção e a realidade dos fatos […] Não precisava ficar gritando o jogo inteiro. Isso é uma grande narração como ele fazia sempre, ter o equilíbrio para usar no momento exato a voz. Ele tinha sobriedade quando precisava ser sóbrio, a emoção naquela voz fantástica dele. - disse Galvão Bueno, histórico ex-narrador da Globo. 

“Ele tinha o timbre, o ritmo. A mudança de tom. […] Eu não me lembro muito, por exemplo, do Luciano esculachando jogador. A crítica era mais discreta, mas quando ele enaltecia o jogador a tendência era de fazer bem feito" - completou Cléber Machado.

Sérgio Maurício e Nivaldo Prieto, entretanto, destacaram a potência da inconfundível voz de Luciano do Valle mesclada com a qualidade que nunca era perdida. Quando o assunto era sobre algum bordão usado por Luciano, o principal narrador da Fórmula 1 respondeu de maneira genial.

“Aquela voz que preenchia todos os decibéis de uma mesa de som, era uma coisa conjunta. Ele não tinha um bordão, ele era o bordão", disse Sérgio Maurício.

“A gente vai tão longe nesse negócio de transmissão. Ele gritava o gol, soltava a voz e não agredia. Aliás eu nem deveria que ele gritava gol, ele cantava o gol!”, completou Nivaldo Prieto, narrador que dividiu tempos de Band com Luciano do Valle.

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