O treino da Seleção Brasileira da última terça-feira (3) no CT do Caju foi abalado por um suposto caso de espionagem. Três homens foram detidos após um drone ser avistado durante a atividade da equipe de Dorival Júnior.
Um dos detidos era equatoriano, país que enfrenta o Brasil na próxima sexta-feira. O homem teria, inclusive, mentido a nacionalidade no início da abordagem.
Não é a primeira vez que a presença de um drone durante uma sessão de treino gerou polêmica, tendo causado perda de pontos na Olimpíada e dando muita dor de cabeça para o técnico Renato Gaúcho.
O caso mais famoso ocorreu nos Jogos Olímpicos de Paris, realizados neste ano. A Seleção Feminina do Canadá foi flagrada usando o equipamento para filmar um treino da Nova Zelândia, rival da fase de grupos. Um membro da comissão técnica canadense chegou a ser detido por pilotar o drone.
A Fifa, responsável por organizar o futebol olímpico, decidiu punir a seleção canadense com a perda de seis pontos. O técnico da equipe, Bev Priestman, deixou a França e foi punido com um ano de suspensão.
Segundo a entidade máxima do futebol, o Canadá violou o artigo 13 do código de conduta da Fifa - comportamento ofensivo e violação do princípio de “fair play” - e o artigo 6.1 do regulamento olímpico.
O Grêmio foi envolvido em uma polêmica semelhante em 2017. Uma reportagem da “ESPN” revelou que o clube usou um drone para espionar as atividades dos rivais.
Em entrevista antes da final da Libertadores daquele ano, o técnico Renato Gaúcho admitiu a prática, mas minimizou a polêmica.
“Estão falando de uma coisinha que já está aí há tempo. É como chegar num bar e pedir um chope. Como se ganha uma guerra? Usando suas formas. O mundo é dos espertos”, disse.
O Grêmio acabou não sofrendo nenhuma punição pela prática.