Éder Jofre não é considerado um dos maiores nomes do boxe à toa. O brasileiro, selecionado para o Hall da Fama do boxe em Los Angeles neste ano, tem um cartel invejável de 75 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas em 81 lutas em sua carreira, relembrada pelo próprio pugilista em entrevista exclusiva ao Band Esporte Clube.
Éder lembrou os grandes momentos de sua trajetória como atleta e destacou a importância do boxe em sua vida: “O boxe, para mim, representa toda a minha vida. A minha história também”, conta.
O pugilista também falou sobre a luta contra o mexicano Eloy Sanchez em 1960 que garantiu o primeiro título mundial no peso-galo: “Sem dúvida foi uma luta muito difícil. Ele era um pugilista muito bom e consegui ganhar dele naquela ocasião. Foi uma luta que valeu a pena”, conta Éder.
Aos 85 anos e portador de encefalopatia traumática crônica, uma doença neurodegenerativa, Éder Jofre é acompanhado pela filha, Andréia, e necessita de ajuda para se comunicar. No entanto, ele se encontra em boas condições, segundo ela:
“Ele está bem. Não tem problemas de saúde, só um pouco de dificuldade na hora de se comunicar. No mais, temos uma rotina normal. Ele assiste televisão, vemos futebol e boxe à noite e comemos pizza aos sábados”, revela.
Éder também falou sobre o momento que retornou ao Brasil como campeão mundial e foi recebido com uma grande festa pelo povo brasileiro. Para ele, foi uma experiência impressionante:
“Eu me surpreendi com tanta gente que estava lá, com os desfiles no carro de bombeiro. Foi ali que eu percebi e senti a minha importância como atleta. Foi um momento especial."
Tricampeão mundial, nono entre os 50 melhores pugilistas de todos os tempos e eleito o melhor peso galo da história. Essas são as conquistas de Éder Jofre, uma lenda para sempre lembrada pelos brasileiros e por todo o mundo.