A declaração de Leila Pereira, presidente do Palmeiras e atual chefe de delegação da seleção brasileira para os amistosos na Europa, foram as primeiras manifestações de autoridades ligadas à CBF sobre os casos de Daniel Alves e Robinho, condenados por estupro pelas Justiças da Espanha e da Itália.
A mandatária argumentou ser importante se posicionar e que "cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte". Confira a fala de Leila Pereira sobre os casos de Daniel Alves e Robinho, ex-jogadores de futebol condenados por estupro, na íntegra:
“Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves."
“Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante eu me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, declarou Leila ao portal de notícias UOL.”
Posteriormente, duas jogadoras brasileiras que atuam no futebol feminino norte-americano se pronunciaram nas redes sociais sobre os casos: Kerolin e Ary Borges. Destacando a importância do posicionamento de Leila Pereira as ex-palestrinas escreveram:
“Leila Pereira, gigante, como MULHER se posicionou e digo mais, mostrou como pessoas que tem voz, espaço, influência poderiam se posicionar! Até quando só mulheres? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas que cometem saíram ilesas?” - destacou Kerolin, atacante do NC Courage, dos Estados Unidos.
Ary Borges, nome promissor da futura geração do futebol feminino e também atleta ex-Palmeiras não ficou para trás e enalteceu fala da presidente do Verdão:
“A Leila foi gigante no que disse […] é isso que pessoas em posições de impacto precisam fazer. Leila COMO MULHER se posiciona mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, CRIME como estes?” - Ary atualmente defende as cores do Racing Louisville FC, também dos Estados Unidos.
Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão na Espanha, enquanto Robinho recebeu uma sentença de nove anos na Itália, que será cumprida no Brasil. Na noite desta quinta-feira (21) o atacante ex-seleção brasileira e Santos foi preso pela Polícia Federal após ter habeas corpus negado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
