“Eu estava deitado e comecei a sentir a cama tremer. Levantei assustado, olhei para o abajur e vi que estava balançando. Aí, saí do quarto. Foi um susto e buscamos segurança. Fomos muito bem tratados e orientados e seguimos para a área da piscina por precaução, é um lugar mais aberto. Graças a Deus estamos em segurança. Infelizmente já sabemos do número de mortos. É algo muito grave, a gente fica sentido e presta nossa solidariedade a todo povo marroquino e aos que estão ajudando na busca dessas pessoas”, disse o atacante do Atlético-MG, Paulinho.
O jogador disse que essa não foi a primeira experiência que teve com o fenômeno natural, mas que foi a que mais o assustou. “Já passei por outros terremotos, no Chile, por exemplo, servindo à Seleção Sub-17, mas não com essa intensidade. Ontem tive medo, com certeza, num primeiro momento. Depois, a gente fica preocupado em tentar tranquilizar logo os familiares”, disse.
Para o goleiro Matheus Cunha, o importante é que todos ali da Seleção estão em segurança. Ele também contou como se sentiu no instante do terremoto. “Nós estamos todos em segurança. Quando a gente sentiu o tremor, a nossa comissão técnica, a equipe médica, eles pediram que saíssemos do quarto para ficar numa área mais segura, ao redor da piscina. Passada uma hora, voltamos para dormir.”
Um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter ocorrido no Marrocos na noite desta última sexta-feira (8) teve seu epicentro registrado na cidade de Ighil, a cerca de 70 quilômetros a sudoeste da cidade turística de Marrakech.
Os amistosos da Seleção no Marrocos fazem parte da preparação do Brasil para a disputa do Pré-Olímpico, que será em janeiro. Apenas duas seleções da América do Sul se classificam para a Olimpíada.