Grego que 'salvou' Vanderlei Cordeiro em Atenas-2004 morre aos 71 anos

Polyvios Kossivas ajudou o fundista brasileiro na maratona de Atenas; relembre

Da redação

Grego que 'salvou' Vanderlei Cordeiro em Atenas-2004 morre aos 71 anos
Polyvios Kossivas ajudou Vanderlei Cordeiro em Atenas-2004
Divulgação/CBAt

Morreu aos 71 anos o grego Polyvios Kossivas, que ajudou Vanderlei Cordeiro de Lima na maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (25) pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Na maratona das Olimpíadas de Atenas, na Grécia, Polyvios Kossivas, então um anônimo na multidão que acompanhava a prova, viu que Vanderlei Cordeiro, então líder da corrida, havia sido derrubado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan. Ele invadiu a pista, empurrou o agressor e permitiu que Vanderlei continuasse na competição.

Com o apoio do grego, o fundista brasileiro seguiu correndo, terminou na terceira colocação e recebeu, depois, a medalha Pierre de Coubertin, dedicada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a quem melhor representa os valores olímpicos – Vanderlei Cordeiro é, até hoje, o único brasileiro a ter recebido a honraria.

“Um anônimo que acabou exercendo o protagonismo na luta pelo fair-play, sem nem saber, num episódio que gerou a medalha Barão de Coubertin para o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. O pano de fundo são os valores do esporte olímpico, um torcedor, que naquele momento agiu para fazer justiça e proteger a integridade física do atleta”, comentou o presidente do Conselho de Administração da CBAt, Wlamir Motta Campos.

Em 2004, pouco depois dos Jogos Olímpicos, Polyvios Kossivas veio ao Rio a convite do COB e foi homenageado no Prêmio Brasil Olímpico. Na ocasião, o grego subiu ao palco, reencontrou Vanderlei Cordeiro de Lima e recebeu o troféu das mãos do maratonista.

Em mensagem enviada ao COB, Smaragda Tsirka, filha de Polyvios, relembrou a trajetória e homenageou o pai. “Ele era um homem simples, generoso, carinhoso e altruísta. Adorava minha mãe (Loulia) e eu. Ele me criou me dando tudo generosamente. Era um viciado em trabalho, incansável, sem nunca reclamar. Acordava todos os dias às 6 horas. Era respeitado por todos”, escreveu Smaragda.

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