Um dos destaques do Athletico-PR na classificação diante do Flamengo na semifinal da Copa do Brasil, Renato Kayzer explicou no Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes, como surgiu a comemoração “calma, o papai tá aqui”, que gerou repercussão depois do gol do atacante no empate por 2 a 2 no jogo de ida.
No papo com Ricardo Capriotti, Alexandre Praetzel e João Paulo Cappellanes, o jogador também manifestou discordância em relação ao pênalti marcado no final da primeira partida em cima de Rodrigo Caio.
Além disso, ele revelou a revolta do grupo quando Wilton Pereira Sampaio assinalou pênalti inexistente de Thiago Heleno sobre Bruno Henrique no jogo de volta no Maracanã (vitória por 3 a 0 do Furacão). Segundo ele, o árbitro Wilton Pereira Sampaio não queria ir no VAR rever o lance.
Kayzer também projetou a sequência do Athletico até as finais da Copa Sul-Americana, no dia 20, contra o Red Bull Bragantino, e em dezembro, diante do Atlético-MG, pela Copa do Brasil. Confira os destaques da entrevista abaixo e assista na íntegra no vídeo acima.
Final contra o Galo
“Vai ser muito difícil. O Atlético tem um elenco bom e qualificado, mas acho que não devemos pensar na Copa do Brasil agora. Quarta-feira foi maravilhoso e lindo, ainda mais no Maracanã, mas agora é foco no Brasileiro. Temos 34 pontos e está meio complicada a situação, então é pensar no Brasileiro até os jogos de Copa”.
Melhor vencer Copa do Brasil ou Sul-Americana?
“Pergunta difícil. Acho que como jogador um título internacional como a Sul-Americana é muito importante, mas a Copa do Brasil talvez traga mais verba para o clube. Caraca, pergunta difícil. Os dois levam pra Libertadores… Sério, não sei responder. Qualquer um dos dois seria ótimo e deixaria nosso nome marcado no clube. Os dois, então, seria maravilhoso”.
Peso dos 3 a 0 sobre o Flamengo no Maracanã
“Ainda nem tomou tanta proporção assim. Depois que a gente chegou ao vestiário, a gente só queria comemorar e não ficou imaginando o quanto foi impactante. Claro que foi uma vitória expressiva contra um grande clube que é o Flamengo. Mas não ficamos surpresos com nós mesmos. Antes do jogo estávamos focados, sabendo o que tínhamos que fazer e os atalhos que tínhamos que pegar. Cada um tinha na cabeça o papel que tinha que desempenhar e todos cumpriram da melhor forma”.
Comemoração “calma que o papai tá aqui”
“É uma comemoração que eu brincava com meu filho aqui em casa quando a gente brinca de bola e se tornou uma coisa meio que pessoal com a torcida. Não acreditei que iria viralizar tanto. Hoje tem gente fazendo gol na pelada e me marcando nas redes sociais fazendo a comemoração. Mas começou numa brincadeira com meu filho e ali passou pela minha cabeça comemorar assim. Foi um gol importante para o clube mesmo com os 3 a 0 na volta. Quero agradecer a todos que me apoiaram. Algumas pessoas levaram pro pessoal, mas não tem problema também”.
Pênalti de Fasson em Rodrigo Caio na ida
“Muita gente falou que foi. Lógico que ele acertou o rosto do Rodrigo Caio, mas o Fasson nem olha pra ele, já sobe com o braço aberto e nem faz movimento pra acertar. Ali achei que foi interpretação do árbitro e tem que respeitar. Fazer o quê? Mas na minha opinião não foi lance de maldade. Ele já sobe com o braço alto e esticado e nem olha pro Rodrigo Caio. Depois o Rodrigo Caio me acerta a cabeça com o cotovelo e seria um segundo amarelo. Falta um pouco de critério. Mas isso passou e o importante é a classificação".
Poupar o elenco no Brasileirão?
“No Brasileiro a gente tem que atingir o mais rápido possível os 45 pontos e nos doar neste período. E aí depois é deixar a parte da fisiologia ver cada situação, se for pra poupar ou jogar menos e nos guardar um pouco pra chegar com bastante fôlego nas decisões”.
Final: melhor decidir em casa ou fora?
“Não tenho muita preferencia não. Até brincamos no vestiário e conversamos sobre isso. Mas aí é sorteio lá na CBF e qualquer resultado que der pra mim tá ótimo. O importante é estar na final”.
Rescisão de contrato de Richard por indisciplina
“O Richard é um menino bom e tenho amizade com ele. Fui pego de surpresa, mas acho que cabe à diretoria e a ele resolver. Não posso falar sobre o que eu não sei. Tomara que ele ache um clube que abra as portas pra ele porque é um ótimo menino e um excelente profissional”.
Revolta com pênalti sobre Bruno Henrique
“O Thiago Heleno na hora falou pra mim que aquilo era um absurdo, que ele nem viu o Bruno Henrique e ele se jogou em cima dele. Até falei: ‘pô, você tá calçando 44? Tá tropeçando sozinho?' A gente ficou em cima do Wilton falando ‘pô, você tem que ir lá ver’. Ele ficou 5 minutos pra dar um lance claro que chutaram minha perna (pênalti de Filipe Luís no início do jogo). E ele não queria ir no VAR não. Ficamos em cima e no fim ele foi consciente e viu que não foi mesmo. Alguns lances estava difícil (arbitragem), talvez por pressão do pessoal de lá. Mas fizemos uma grande partida e acho que ganharíamos mesmo se ele desse aquele pênalti”.