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Parceria de Gabigol com Papatinho chega a 10 milhões de streams e produtor diz: “Lil Gabi vai continuar”

Camisa 9 do Flamengo se arriscou em uma nova carreira e tem feito sucesso na cena da trap music

Thatiana Tavares, do Band Esporte Clube

Uma trilha sonora tem o poder de incentivar, inspirar e tranquilizar. No vestiário, é comum antes dos jogos e depois também, ainda mais para comemorar. O estilo musical dos atletas varia - do funk ao pop, do pagode ao samba - tem espaço para o sertanejo e o reggae não fica para trás.

Mas, ultimamente, o que vem bombando mesmo é o trap, uma mistura do rap com batidas mais empolgantes. “Esse estilo musical conta muito mais a atitude, personalidade, postura, a marra e tudo mais do que a voz ou o que estudou de música”, diz Papatinho.

Beatmaker mais badalado do momento, Papatinho é o produtor musical responsável por transformar Gabigol em um trapper. E se a marra é fundamental, ele encontrou a pessoa certa, porque o atacante é um provocador. “Depois da final da Libertadores, que a gente se encontrou lá, naquela festa do hotel, a gente se aproximou mais”, conta.

“Como ele tem um gosto musical parecido com o meu, ele acompanha muito a cena da música, o trap principalmente, ele começou a vir no estúdio para ouvir os sons e as gravações. Eu botei a pilha para gravar uma e ele aceitou, meio que brincando. E ficou aquilo na cabeça”, completa.

A música Sei Lá foi lançada depois que o camisa 9 fez três gols na partida contra o Santos, pelo Brasileirão, nas vésperas do aniversário de 25 anos. Tudo favorável para o anúncio da nova carreira. “Na internet, todo mundo começou a comentar e a galera começou a falar que ele era o rei do marketing”, lembra Papatinho.

O clipe foi feito de forma descontraída, até para Gabigol ficar mais à vontade no ambiente antes desconhecido. Mas, pensa que ficou nervoso com o novo desafio? “Ele se amarrou. Não sei se ficou muito nervoso, não. Ele ficou um pouco inseguro, porque até então foi a primeira vez que ele gravou, mas nervoso não. A personalidade dele é essa. Você vê que no futebol ele não treme em jogo nenhum”, diz o produtor.

Para diferenciar sua nova carreira da trajetória de atleta, o camisa 9 optou por assinar a música como Lil Gabi. “Ele não quis usar Gabigol no trap, porque Gabigol é muito futebol. E dentro do trap, tem diversos artistas com… Lil é na verdade é abreviação de Little, tipo pequeno ou ‘inho’. Tipo, Papatinho. Ele que sugeriu esse nome, Lil Gabi”, conta.

Lil Gabi virou de cabeça para baixo a vida de Choji, que participa da faixa Sei Lá. O trapper tem 20 anos e está iniciando a carreira. “Acho que a reação das pessoas foi até parecida com a minha de ficar surpreendido. Eu não esperava fazer um feat. com Gabigol e com o Papato, tá ligado? Então, as pessoas ficaram muito surpresas”, diz o jovem.

A música pegou, caiu nas graças da galera. Com pouco mais de um mês nos streamings, são mais de 10 milhões de reproduções. “Imagina para ele, a vaidade dele de jogador. Ter a música dele para ele se inspirar, e jogar melhor. Então, é muito maneiro”, afirma Papato. E também tá inspirando companheiros da bola. Neymar já apareceu com aquela tradicional caixinha de som, antes do jogo pela Liga dos Campeões, ouvindo Lil Gabi. 

Predestinado nos gramados e dentro do estúdio, a aventura musical deu tão certo que virou sonho de consumo ter um feat com o jogador. Vários cantores querem fazer essa parceria e os fãs podem aguardar, que vem mais por aí. “Não tem como dar mais detalhes agora, mas não vou mentir. Não vai parar por aqui não. Lil Gabi vai continuar”, revela Papatinho. A torcida do Flamengo espera que Gabigol comemore muitas conquistas ao som do Lil Gabi.

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